Começa o 'Fade to Black Festival'

Dar visibilidade e potencializar novas narrativas negras é a proposta do encontro “Fade to Black Festival”, com realização on-line, de hoje até sábado. Serão promovidos Mostra de Curtas-Metragens, Concurso de Roteiro, Laboratório para Roteiristas e 30 painéis, com nomes nacionais e internacionais. Em destaque estão Sue-Ellen Chitunya, uma das coordenadoras de pós-produção de filmes da Marvel Studios; Stefon Bristol, diretor do longa “A Gente Se Vê Ontem” (Netflix) e parceiro de Spike Lee; Rae Benjamin, roteirista da série de sucesso “Bridgerton” (Netflix); o produtor do documentário “AmarElo – É Tudo Pra Ontem”, Evandro Fióti, e a atriz Zezé Motta. 
O evento surgiu por conta de uma inquietação da idealizadora, a cineasta Gautier Lee, que atua com uma visão racializada das produções audiovisuais e busca fortalecer produções brasileiras e internacionais de afrocriadores da diáspora. “Quando falamos sobre narrativas e estéticas negras existe um senso comum, e um tanto errôneo, de que somos homogêneos, de que o ‘ser negro’ é uma experiência única, e de que agimos e reagimos da mesma forma. Mas, apesar de sermos iguais perante os olhos de muitos, não somos idênticos pelo simples fato de sermos indivíduos, o Fade to Black Festival possui um objetivo ousado: ser, em pleno 2021, um quilombo audiovisual para afrocriadores de toda a diáspora", reforça. 
Os painéis estão divididos em Formação, destinados a cineastas e roteiristas iniciantes; Mercado, voltado aos desafios e potencialidades do setor, e Criação, no qual criadores da área compartilharão processos criativos e jornadas profissionais. 
Abertura. A abertura do encontro, nesta terça, às 14h, começa com o painel “Afrografias: a luz na pele preta”, com Giuliano Lucas. Além de Laboratórios para Roteiristas, com Cleissa Martins, Stefano Volp e Renata Sofia, e, às 20h, o encontro sobre a relação entre produtor, diretor e roteirista, com Junior Vieira, Mari Ferreira e Rubian Melo. 
No sábado, 10, antes da premiação e encerramento, às 17h15min, Zezé Motta, conhecida por uma carreira no cinema, teatro, cinema e televisão, participa do painel “Cinema de Assunto Negro pelos olhos de Zezé Mota”. Com 76 anos de idade, tendo mais de 50 deles dedicados à cultura no Brasil, Zezé ganhou em janeiro de 2019 uma segunda biografia, “Zezé Motta – Um Canto de Luta e Resistência”, escrito por Cacau Hygino, que não escondeu episódios marcantes da vida pessoal e profissional da artista. Nele, a própria atriz e cantora conta como encara a velhice, o sexo, o racismo, entre outros temas. Quase 90 fotos ilustram as cinco décadas de trajetória marcadas pela resistência e perseverança. Sua trajetória contempla 14 discos, 35 novelas e mais de 55 filmes. Às 18h30min, haverá a mesa Criação: “Por trás de AmarElo: É Tudo Pra Ontem”, com o músico Evandro Fióti. Cerimônia de premiação e encerramento às 20h. 
A programação completa do evento e a forma de participar estão disponíveis pelo site www.fadetoblackfestival.com. As redes sociais do evento são: Instagram @fadetoblack_festival, Facebook @fadetoblackfestival e Twitter @fadetoblackfes1.