Cozer e cantar, é só começar!

Cozer e cantar, é só começar!

O livro "Prato do Dia", do chef Roberto Alves, traz as receitas tradicionais brasileiras mais charmosas para se cozinhar cantando MPB

Luciana Espíndola*

Na opinião do chef Roberto Alves, “você pode escolher entre ter uma prateleira com mantimentos ou uma cheia de medicamentos, pois o seu alimento pode ser o seu melhor remédio”

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Cozinhar é uma arte, um ato de amor, generosidade e cura. Na opinião do chef Roberto Alves, “você pode escolher entre ter uma prateleira com mantimentos ou uma cheia de medicamentos, pois o seu alimento pode ser o seu melhor remédio”.

Alves tem 62 anos de idade e conta que aprendeu a cozinhar aos sete com a mãe e a avó materna. É natural de Santa Cruz do Sul, morou em Dom Pedrito por alguns anos, até que fixou raízes em Porto Alegre, onde reside com a esposa Daisy e o filho Pedro Samir, de 13 anos. O chef é reconhecido pela sua cozinha autoral e por seu trabalho que sempre busca valorizar a gastronomia brasileira, os produtos e temperos do país. Acredita e torce por um Brasil mais saudável e feliz.

Ele aposta na “Cozinha de Produto” para tornar o processo de preparo mais saudável com tempo de preparo reduzido. Ao ser questionado sobre o que significa “cozinha de produto”, ele explica que é aquela na qual a estrela do prato não é a técnica de preparo, mas sim os ingredientes, que devem passar pelo menor número de processos no momento do seu preparo. Desta forma, empregam-se técnicas naturais que garantem mais sabor aos alimentos e as texturas dos vegetais e carnes são preservadas. Lembrando que os produtos devem ser frescos e é preciso ter o cuidado com a sua escolha e procedência, explica.

O livro “Prato do Dia” foi feito para quem gosta de cozinhar em casa e também para quem aprecia a culinária brasileira. “Cozinhar talvez seja um ‘luxo’. Explico: luxo de transformar ingredientes comuns em emoções inesquecíveis.”

“Em função da pandemia, as pessoas pararam de se alimentar fora de casa. E o meu livro veio para descomplicar a vida dessas pessoas. Também facilita, pois ensina a fazer um delicioso jantar utilizando apenas uma única panela”, comenta. 

O livro sugere pratos para serem feitos em datas comemorativas ou especiais. No dia 26 de julho, Dia dos Avós, por exemplo, na página 34, tem a receita de “Baião de dois”, comida típica do nordeste do Brasil, com lista de ingredientes que podem ser encontrados em qualquer mercado. E o autor diz no alto da página: “Cozinhar melhor ouvindo Luiz Gonzaga com a música ‘Baião de dois’”. São diversas receitas interessantes, com fotos que mostram o prato já pronto. Tem, inclusive, receita de matambre recheado, com sugestão de se preparar no dia 7 de setembro, ao som do cantor Jorge Ben Jor.

Foto: Daisy Quintana de Aguiar / Divulgação / CP

Durante a entrevista, o chef fala de algumas de suas receitas que constam em sua obra, sorri e canta a música “Vatapá”, de Dorival Caymmi, e afirma: “Música alimenta a alma e ajuda na degustação”. Em suas lembranças remotas está uma que guarda com carinho e divide: “Já cozinhei para tantas pessoas que admiro. Uma delas é o Ney Matogrosso, pessoa magnífica e simples”.

Roberto comenta que o sucesso de um restaurante está intimamente ligado à afetividade do empreendedor. “Aquele que coloca alma, carinho e usa receitas que incitem as memórias afetivas do cliente, que remetem às receitas da vovó e receitas de família, com preço justo, ganha o coração da pessoa.”

O chef Roberto Alves é radialista e apresenta o programa de gastronomia na Rádio Guaíba AM/FM. Para mais informações, acesse o site profesta.com.br. O livro pode ser adquirido na Livraria Santos. 

*Supervisão: Luiz G. Lopes


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