Debate na Feira do Livro reúne escritores para discutir ficção e empatia dos livros

Debate na Feira do Livro reúne escritores para discutir ficção e empatia dos livros

Leticia Wierzchowski participará de encontro e depois irá autografar a obra “O Menino que Comeu uma Biblioteca”

Chico Izidro

Debate na Feira do Livro reúne escritores para discutir ficção e empatia dos livros

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A escritora porto-alegrense Leticia Wierzchowski tem agenda cheia nesta terça-feira na 64ª Feira do Livro. A partir das 18h participa, ao lado do também escritor Tabajara Ruas e da jornalista Tânia Carvalho, do debate “Ficção e empatia: os livros nos salvam, nos redimem e nos ensinam sobre o outro”, na Biblioteca do Clube do Comércio, na rua dos Andradas, 1085. Em seguida, às 19h30min, ela autografa seu novo livro, “O Menino que Comeu uma Biblioteca”.

Na obra, Leticia mira a II Guerra Mundial. “O romance fala sobre um menino vivendo na Polônia durante a II Guerra Mundial. Ele tinha um pai, uma mãe e um avô, que era professor de literatura da Universidade de Cracóvia. Quando os nazistas invadiram a Polônia, a primeira coisa que fizeram foi eliminar a inteligência polonesa, professores e artistas, fuzilados. E em meu romance, o avô do garoto é morto. Mas depois voltará como um fantasma”, antecipa.

A história, conforme Leticia, surgiu de uma outra contada pelo seu avô, Jan, e ficou fervilhando em sua cabeça, até que ela decidiu ficcionalizar. “Meu avô veio da Polônia para o Brasil em 1936, voltou à Europa durante a Guerra para lutar. Anos depois, já naturalizado brasileiro, pôde retornar à sua terra natal sem o risco de ser preso. E lá, tomou conhecimento de muitas histórias da guerra. Uma das histórias era de um menino que tinha vendido a biblioteca do avô no mercado negro para poder comer. Era o que ele podia fazer”, recorda. “Peguei essa história e construí o romance”, acrescentou.  

Leticia disse, ainda, que a leitura aproxima as pessoas. “No romance, esse menino vai começar a vender livros para um oficial nazista que adorava literatura, estava na máquina nazista, mas era um grande leitor, e conhece esse menino. A literatura aproxima esses dois inimigos.”

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