Debates e premiações literárias desta sexta-feira

A cor da pele, os seus tons, a raça, a negritude, a discriminação, o racismo estrutural, o avesso, a escravidão e os temas que precisam ser discutidos diuturnamente são as premissas das mesas principais da 66ª Feira do Livro de Porto Alegre nesta sexta-feira. A primeira delas reúne Paulo Scott e Jeferson Tenório, com mediação da professora Márcia Ivana Lima Silva. O patrono da Feira, Jeferson Tenório (“O Avesso da Pele” / Companhia das Letras, 2020) e Paulo Scott (“Marrom e Amarelo” / Alfaguara, 2019) conversam sobre o debate fomentado pela ficção a respeito de temas essenciais da atualidade na mesa “Os tons da pele e das vivências”.
Às 19h30min, a história do racismo e da escravidão que ainda ecoa no país. A escravidão foi um dos fatores que definiu a identidade brasileira. Para entendermos os caminhos possíveis em direção a um futuro sem racismo, o passado pode auxiliar. Laurentino Gomes apresenta em “Escravidão: Do primeiro leilão de cativos em Portugal até a morte de Zumbi dos Palmares: Volume 1” (2019) as raízes do Brasil e a trajetória dos que estavam com o corpo na América e a alma na África. A mediação é de Domício Grillo.
Hoje, às 19h, o Instituto Estadual do Livro anuncia os vencedores do Prêmio Minuano de Literatura 2020. A premiação é parte da programação da Feira. A divulgação dos ganhadores será por vídeo, no canal do IEL no YouTube e também na página do IEL no Facebook. Haverá homenagem ao patrono do Minuano em 2020, o escritor Sergio Faraco. Parceria entre IEL e Instituto de Letras da Ufrgs, o Minuano busca reconhecer e ressaltar a produção literária de gaúchos. Na 3ª edição, a premiação avaliou obras publicadas em 2019. Os 24 finalistas concorrem em oito categorias: infantil, juvenil, poesia, conto, crônica, ficção: romance/novela, ilustração e especial. Entre os concorrentes em Poesia, estão “Fabulário”, de Ana Santos, “Corpo continente”, de Lorena Martins; e “Mar lírico”, de Marlon Pires Ramos. No Conto, os finalistas são “Domanda Nísio”, de Emir Rossoni, “Sombrio Ermo Turvo”, de Veronica Stigger, e “Prosa Pequena”, de Amilcar Bettega. Na Romance/Novela, estão “Os Donos do Inverno”, de Altair Martins; “Controle”, de Natalia Borges Polesso; e “Mônica vai Jantar”, de Davi Boaventura. Na Crônica, “O Homem Infelizmente Tem que Acabar”, de Clara Corleone; “Bula para uma Vida Inadequada”, de Yuri Al'Hanati; “A Inveja Nossa de Cada Dia e Outras Reflexões Crônicas”, de Marta Leiria. A lista completa dos finalistas está em ielrs.blogspot.com.

O Prêmio Jabuti revelou ontem a última lista de finalistas da 62ª edição. São 20 categorias com cinco finalistas cada. A premiação será entregue no dia 26, com transmissão pelas redes da Câmara Brasileira do Livro. O vencedor de cada categoria receberá R$ 5 mil e a estatueta do prêmio. O autor do Livro do Ano (concorrem vencedores dos eixos Ensaios e Literatura) ganha R$ 100 mil. Alguns gaúchos estão na disputa. No Romance, concorre Paulo Scott (“Marrom Amarelo”). No Conto, está Veronica Stigger (“Sombrio Ermo Turvo”). Na Juvenil, está “Rabiscos”, de Luís Dill; e Romance de Entretenimento, a gaúcha Nikelen Witter concorre com “Viajantes do Abismo”. As editoras gaúchas Zouk, Penalux e Avec têm escritores e obras indicadas ao Jabuti.