Diretor teatral Antunes Filho morre aos 89 anos em São Paulo

Diretor teatral Antunes Filho morre aos 89 anos em São Paulo

Velório ocorre no Teatro Anchieta nesta sexta-feira pela manhã

R7

Antunes Filho influenciou e trabalhou com atores e atrizes consagrados

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O diretor teatral José Alves Antunes Filho morreu no final da noite dessa quinta-feira, em São Paulo. Ele, que tinha 89 anos, estava internado no Hospital Sírio-Libanês para tratar um câncer de pulmão. Ele não resistiu e faleceu por volta das 23h45min. O velório do artista começa nesta sexta pela manhã no Teatro Anchieta, no Sesc da Consolação, na região central da capital paulista. 

Em nota oficial, o Sesc São Paulo disse que "o teatro e todo Brasil estão mais tristes". 

Trajetória

Formador de várias gerações de atores, Antunes faz parte da primeira turma de diretores do teatro nacional. Ele teve como escola o Teatro Brasileiro de Comédia, onde iniciou a carreira como assistente de direção em 1952. Já no final da década de 1950, fundou a companhia Pequeno Teatro de Comédia, que surgiu como alternativa aos modos de produção do TBC e do Teatro de Arena.

Em 1958, Antunes apresentou a adaptação de O Diário de Anne Frank, peça que rendeu a ele o primeiro prêmio de melhor diretor da Associação Paulista dos Críticos de Arte. Após passar alguns anos na Europa, ele volta ao Pequeno Teatro de Comédia para dirigir Vereda da Salvação (1964). Durante o processo de construção da obra, Antunes Filho submeteu os atores a vários laboratórios físicos e psíquicos.

Nos anos 80, a peça Macunaíma projetou a carreira de Antunes Filho, inclusive para fora do Brasil. Ele deu continuidade a seu processo de pesquisa em montagens como Nelson Rodrigues - O Eterno Retorno (1981); Romeu e Julieta (1984), com Giulia Gam e Marco Antônio Pâmio; e Xica da Silva (1988), entre tantas outras. Também foram marcantes seus teleteatros exibidos na TV Cultura. O ator Paulo Betti escreveu em seu Facebook: "Adeus Antunes Filho! Sua direção em Macunaíma ficará pra sempre na minha memória! Viva o Teatro! RIP".

Black-Out (1967), Hora e a Vez (1986), a aclamada série Prêt-à-Porter (1998) e a adaptação de A Pedra do Reino (2006) também figuram como algumas das obras de maior destaque do diretor.


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