Do terror a vidas reais nas telas

Do terror a vidas reais nas telas

Entre as estreias de cinema de hoje estão ‘Amizade Maldita’, ‘Perfil de Mulher’ e ‘House of Cardin’

Marcos Santuario

Elogiado internacionalmente, e já tendo recebido prêmios em festivais pelo mundo, estreia hoje ‘Amizade Maldita’

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Em tempos de poucas estreias nas telas de cinema, enquanto seguem as preocupações e cuidados gerados pela pandemia da Covid-19, três títulos chegam às telas. Para os amantes do suspense e do terror, a novidade que pode agradar é “Amizade Maldita”, com direção de Brandon Christensen (o mesmo de “O Enviado do Mal”). Elogiado internacionalmente, e já tendo recebido nove prêmios em festivais pelo mundo, incluindo o de Melhor Filme de Terror, na Nightmares Film Festival, e o de Filme Mais Assustador, na Popcorn Frights, a produção canadense conta com as atuações de Keegan Connor Tracy (de “Bates Motel”) e Jett Flyne (“Boneco do Mal”). Na trama surge a história de Kevin e Beth, que começam a perceber que seu filho de oito anos, Josh (Jett Klyne), tem passado seu tempo brincando com um novo amigo imaginário, chamado Z. Inicialmente tendendo para o inofensivo e ingênuo, logo a relação incorpora elementos destrutivos e perigosos. Presente e passado se encontram e a família busca entender o que acontece hoje com o garoto. Elementos da imaginação se confundem com acontecimentos do passado, em uma trama que tende a gerar um intenso envolvimento com o público. 

Em outra vertente narrativa, chega “Perfil de uma Mulher”, novo filme do jovem diretor Koji Fukada, que nasceu em 1980, em Tóquio. Nesta produção, Fukada explora um universo familiar, de relações, mas que esconde uma trama profunda. A protagonista é Ichiko, uma enfermeira particular que há anos cuida da matriarca da família Oisho, tendo criado uma relação que a faz sentir-se integrante do clã. A proximidade a torna confidente da jovem Motoko, filha mais velha da família. Mas quando a irmã mais nova de Motoko desaparece, a rotina tranquila e a vida suave de Ichiko mudam. O diretor Koji Fukada já foi premiado em Cannes, Un Certain Regard, em 2016, com seu filme “Harmonium”. E, em 2018, Koji Fukada foi também premiado com Chevalier of Ordre des Arts et des Lettres, na França. 

No universo da moda, depois de estar em pré-estreia na semana passada, entra em cartaz o documentário “O Império de Pierre Cardin” (“House of Cardin”). A direção é dos norte-americanos P. David Abersole e Todd Hughes (os mesmos de “Room 237”, “Mansfield 66/67” e “Love Cher”) que, em 97 minutos de filme, apresentam importantes momentos da vida e da obra do estilista Pierre Cardin falecido no final do ano passado. Conhecido mundialmente por seu talento no mundo da moda, Cardin deixou sua visão e sua marca em roupas, calçados, acessórios, perfumes, malas, joias e até em aviões. Trabalhador incansável, como ele mesmo define no documentário, Cardin espalhou seu nome pelos cinco continentes. Neste filme, ele conta sua história, mostra suas principais criações, fala sobre suas frustrações e dilemas, desde o nascimento em Veneza até o sucesso mundial alcançado. Para construir a narrativa sobre vida e obra de Pierre Cardin. Abersole e Hughes, colocam na tela depoimentos de gente do universo da moda e da arte, como Naomi Campbell, Sharon Stone e Dionne Warwick, além de Jean Paul Gautier e Philippe Starck. Torna-se importante registro histórico.


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