Drama brasileiro é ovacionado no Festival de Sundance

Drama brasileiro é ovacionado no Festival de Sundance

"Que Horas Ela Volta?" é estrelado por Regina Casé e foi aplaudido de pé

AE

Regina Casé interpreta a nordestina Val

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Realizado no estado americano de Utah, o Festival de Sundance é famoso por ser uma vitrine de trabalhos independentes americanos e internacionais. Com uma programação que se estende até 1º de fevereiro, o evento já está em seu sexto dia de programação e vem com destaques tão distintos quanto um documentário sobre cientologia e um drama brasileiro aplaudido de pé pelo público.

É o caso de "Que Horas Ela volta?", drama da diretora brasileira Anna Muylaert (Durval Discos). Exibido no domingo (25), o longa estrelado por Regina Casé, único filme latino-americano na competição internacional de dramas do festival, foi ovacionado pela plateia e já teve os direitos de distribuição comprados, pela distribuidora europeia de cinema de arte The Match Factory. Na trama, Casé interpreta Val, nordestina que deixa a filha Jéssica (Camila Márdila) em Pernambuco para trabalhar como babá em São Paulo. Anos depois, com a chegada de Jéssica para fazer o vestibular na cidade, ela acaba mudando a dinâmica da família para a qual Val trabalha.

Outro destaque é "Me, Earl and the Dying Girl", de Alfonso Gomez-Rejon. Com uma carreira que inclui a direção de vários episódios de séries televisivas como American Horror Story e Glee, o cineasta é responsável por uma das surpresas do festival. Parte da competição de dramas americanos, o filme conta a história de Greg (Thomas Mann), um adolescente excluído que é forçado a passar tempo com Rachel (Olivia Cooke), uma menina que ele mal conhece e está morrendo de leucemia. Baseado no livro do autor americano Jessie Andres, que também assina o roteiro adaptado, o longa foi elogiadíssimo e se tornou motivo de cobiça das distribuidoras que garimpam o festival em busca de novos lançamentos.

Um filme nada adolescente, mas também notório, na programação é "Going Clear: Scientology and The Prison of Belief". O filme de Alex Gibney - ganhador do Oscar de Melhor Documentário por "Um Táxi Para a Escuridão" - foca a cientologia, uma religião que faz sucesso entre famosos de Hollywood e foi fundada pelo escritor de ficção científica L. Ron Hubbard. Segundo ele, um tirano intergalático chamado Xenu matou vários de seu próprio povo mandando-os para a Terra e matando-os em vulcões. Os espíritos desses seres extraterrestres se apegam aos corpos humanos e trazem males espirituais, sendo a solução os ensinamentos da cientologia. Acusada de manter campos de trabalho e perseguir ex-membros, no filme de Gibney a religião é dissecada a partir de vários depoimentos - um deles do diretor
Paul Haggis, ex-membro da igreja e vencedor do Oscar de Melhor Filme por "Crash - No Limite (2004)" - , num documentário que afirma que membros são torturados, manipulados e passam por lavagens cerebrais.

Após as polêmicas em torno do lançamento de "A Entrevista", comédia cujo lançamento foi adiado devido a uma ameaça da Coreia do Norte, James Franco volta aos holofotes ao participar do festival por seu papel em "True Story", do diretor estreante Rupert Goold. No drama policial, Franco é Christian Longo, que assassinou sua mulher e seus filhos e, para fugir da polícia, se apresentava como Michael Finkel, um jornalista americano interpretado por Jonah Hill. O drama foca a relação dos dois, que começaram a se comunicar depois da prisão de Longo.

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