“Eldorado” e “Amores Surdos” estão nas atrações teatrais

Inspirado pela pesquisa com construtores e tocadores de rabeca, instrumento de arco e cordas, parecido com o violino e presente em muitas manifestações da cultura popular brasileira, o ator Eduardo Okamoto criou “Eldorado”, espetáculo pelo qual foi indicado ao Prêmio Shell de Melhor Ator em 2009, e será apresentado nesta quarta-feira. Na história, um cego busca encontrar o que nenhum homem pôde: Eldorado. O espetáculo que já percorreu várias cidades brasileiras e foi apresentado na Espanha tem sessão virtual pela série Teatro#emcasacomsesc, promovido pelo Sesc São Paulo. Com classificação indicativa de 12 anos, tem dramaturgia de Santiago Serrano e direção e iluminação de Marcelo Lazzaratto. A transmissão ocorrerá a partir das 21h30min, com acesso gratuito pelo youtube.com/ sescsp e instagram.com/sescaovivo. 

Eduardo Okamoto se formou em Artes Cênicas pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), onde fez mestrado e doutorado em Artes e atualmente leciona. Realizou pós-doutorado no Departamento de Teatro e Performance da Goldsmiths University, em Londres (2019). Apresentou-se no Brasil e no exterior: Espanha, Suíça, Alemanha, Marrocos, Kosovo, Escócia e Polônia. Em sua trajetória, destacam-se, os espetáculos “Agora e na Hora de Nossa Hora” (2006), “Eldorado” (2009),Recusa” (2012), “OE” (2015) e “O Dragão de Fogo” (2017). Dentre diversas distinções como ator, foi duas vezes indicado ao Prêmio Shell (2009 e 2012) e recebeu o Prêmio APCA (2012). Participou de séries exibidas pela TV Cultura e para o Canal AXN; e atuou no curta “Natureza Morta”. É autor do livro “Hora de Nossa Hora: o Menino de Rua e o Brinquedo Circense” (2007), pela Editora Hucitec.

A mostra online do projeto Teatro, Pesquisa e Extensão (TPE) da Ufrgs apresenta a última sessão de “Amores Surdos”, às 19h30min, também com acesso gratuito, nos canais do TPE no Facebook, Instagram e YouTube. Escrita por Grace Passô, a peça narra o cotidiano de uma família em situações aparentemente corriqueiras. Suas relações, por mais amorosas que sejam, traduzem uma falta de comunicação e de compreensão mútua entre os personagens, que só diante de uma ameaça maior poderá ser rompida. Originada na disciplina "Dramaturgia do Encenador" do Departamento de Arte Dramática do Instituto de Artes, a montagem é um trabalho coletivo de Ângela Steiner, Gilvana dos Santos, Maria Eduarda Barbosa, Maya Marqz e Rita Spier, que também atuam em cena. A orientação é da professora Inês Marocco.