Empresas banem fotógrafos Mario Testino e Bruce Weber, acusados de assédio sexual

Empresas banem fotógrafos Mario Testino e Bruce Weber, acusados de assédio sexual

Vogue e Burberry estão entre companhias que anunciaram que não trabalharão mais com os dois profissionais

AE

Mario Testino e Bruce Weber foram acusados de assédio sexual recentemente

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Após o jornal norte-americano The New York Times publicar no sábado uma matéria com o relato de homens, entre modelos e ex-assistentes, afirmando terem sido assediados sexualmente pelo fotógrafo peruano Mario Testino e pelo norte-americano Bruce Weber, algumas empresas anunciaram que não irão mais trabalhar com eles.

Em comunicado, Anna Wintour, editora-chefe da Vogue America, e Bob Sauerberg, diretor do grupo Condé Nast, detentor dos títulos Vogue, GQ e Glamour no mundo todo, afirmaram que ambos estão banidos das publicações da editora. "Estamos perturbados com estas acusações e as levamos muito a sério, como foi dito no nosso estatuto contra o assédio sexual. Por causa disso, não iremos fazer nenhum trabalho novo com Mario Testino ou Bruce Weber até segunda ordem", diz a nota.

Testino foi responsável pelas fotos da capa da edição de fevereiro da Vogue America e é um colaborador frequente da publicação, tendo inclusive um papel de destaque no documentário "September Issue", que mostra os bastidores da revista. Em outubro de 2017, a empresa afirmou que não iria mais trabalhar com Terry Richardson pelo mesmo motivo.

Segundo o portal WWD, algumas marcas também emitiram comunicados sobre o assunto. A Michael Kors afirmou que, devido a gravidade das denúncias, não iriam mais contratar Testino para campanhas. A inglesa Burberry emitiu um pronunciamento: "A segurança e o bem-estar das pessoas com quem trabalhamos é uma prioridade de Burberry e procuramos nos assegurar que todos os nossos parceiros compactuem com nossos princípios e políticas, como também que cumpram todas as leis e regulamentações", assegura o texto.

Wendy Kahn, presidente da marca de calçados Stuart Weitzman, que teve sua última campanha fotografada pelo peruano, também se pronunciou sobre o caso. "Levamos acusações dessa natureza muito a sério e fornecer um ambiente de trabalho seguro, onde todos se sentem respeitados, é nossa prioridade número um. Como resultado, não iremos mais trabalhar com Mario Testino no futuro", falou. Já a Ralph Lauren, que teve diversas campanhas clicadas por Weber, afirmou que não contrata pessoas com o tipo de conduta das denúncias.

"As alegações reportadas no The New York Times são completamente contrárias aos nossos valores e ao nosso compromisso de criar um ambiente onde nossos funcionários e parceiros se sentem bem recebidos, seguros e possam dar o seu melhor. Não faremos negócio com ninguém que se comporte de maneira que comprometa nossa missão." "Estamos preocupados com os ocorridos dos últimos dias", afirma o texto emitido pelo Conselho de Moda Britânico (British Fashion Council). "A indústria precisa levar estas denúncias a sério, e queremos garantir que a indústria da moda é uma em quem estamos todos orgulhosos de trabalhar, que tem zero tolerância com assédio sexual e trata a todos com respeito. Embora não tenham denúncias levantadas diretamente contra nós, sentimos que existe a necessidade de uma abordagem global para erradicar estas práticas inaceitáveis", destaca ainda a nota.

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