Encontro anual da cachorrada

Encontro anual da cachorrada

Cachorro Grande faz show hoje, celebrando o Dia do Rock e o relançamento do 1º disco

Christian Bueller

Banda Cachorro Grande realiza a sua reunião anual com show nesta sexta-feira no Auditório Araújo Vianna

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O que a Noites dos Museus, a Feira do Livro de Porto Alegre e um show da Cachorro Grande têm em comum? São eventos que acontecem uma vez por ano na cidade e, aproveitando a passagem do Dia do Mundial do Rock, lembrado em 13 de julho, a banda voltará aos palcos para única apresentação, hoje, no Auditório Araújo Vianna, às 21h.

Segundo o vocalista, Beto Bruno, a ideia é que as apresentações se tornem tradicionais e, de certa forma, entrem no calendário artístico e cultural da Capital, ao menos nos corações de quem aprecia o som do grupo, que lançou seu último disco de inéditas, “Electromod”, em 2016, e anunciou turnê de despedida dois anos depois. “Estamos emocionados!”, afirmou um dos fundadores da banda, ainda em São Paulo, antes de viajar ao Rio Grande do Sul.

Não sendo possível marcar o show no dia 13, mas o espírito do rock and roll praticado pela banda desde o início estará representado em sua forma mais visceral. “Dois dias de ensaio são suficientes para eu me transformar naquele Beto Bruno que gritava como um guri. Basta tocar o primeiro acorde e parece que ‘baixa’ uma coisa diferente. Tocando com esses caras, me sinto como no primeiro show da gente, para um público de dez pessoas. Ali eu vi: éramos uma banda”, lembra Beto. 

Com o tempo, a banda foi se metamorfoseando, com a inclusão de outras camadas sonoras, mais dançantes, que se juntaram ao rock calcado nos anos 1960 que sempre caracterizou a banda. Ao mesmo tempo, as divergências musicais também apareceram, principalmente entre o vocalista e o guitarrista Marcelo Gross, outro fundador e compositor de muitos dos sucessos da Cachorro. “Eram ideias muito distintas e teve uma época em que brigávamos demais”, lamenta Beto.

Em 2022, aproveitando o ensejo do aniversário de 250 anos de Porto Alegre, o grupo se reuniu e repetiu a dose em São Paulo. Compartilhar aquelas notas e batidas que conduziram a Cachorro Grande durante toda a trajetória criou uma “pulguinha” nos integrantes, que se reaproximaram nos últimos anos. Parafraseando o verso de abertura da canção “Hey Amigo” (“eu quero ser o seu amigo de novo”), Beto, Gross e Gabriel “Boizinho” Azambuja voltaram a se encontrar e não demorou muito para surgir a ideia de fazer um concerto – apenas um – todos os anos, sempre no mês de julho. Mas, os fãs da banda terão que tirar o “cachorrinho” da chuva: não esperem músicas novas, tampouco algum projeto que envolva disco novo.

“Não pensamos nisso. Estou gravando meu terceiro disco solo, os outros também têm as duas coisas. O mais importante é que as feridas começaram a cicatrizar. Nos visitamos sempre que possível e temos até um grupo no WhatsApp, algo impensável na época em que tocávamos juntos”, sorriu o vocalista. 

O fato novo é o relançamento especial do primeiro disco da banda, “Cachorro Grande”, de 2001, em vinil e nas plataformas digitais. Se novas canções não virão, ao menos, as antigas reaparecerão em outras formas, como adianta Beto. “Vamos lançar uma versão deluxe desse disco, com demos, outtakes, ensaios e outras surpresas”, diz. Até lá, o público terá, nesta noite, a única oportunidade do ano para conferir petardos como “Sexperienced”, “Lunático”, “Que Loucura” e “Sinceramente”.

 


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