Claudia Schroeder está com novo livro,“Gatos falando alemão”, o quarto de sua carreira. A autora reuniu 51 poemas que falam do cotidiano, mas o erotismo continua presente, sempre de forma direta, mostrando os tantos lados das questões humanas. Estão lá temas como a maternidade, a angústia, a felicidade. Os poemas são numerados e o título do livro vem de um dos textos, que conta a história de uma mãe manipulada pela filha.
O lançamento de “Gatos falando alemão” acontece dia 5 de outubro, sábado, na livraria Taverna, em Porto Alegre, que acaba de ser reaberta após os estragos causados pela enchente. A tarde de autógrafos vai contar com a presença da atriz Silvia Pfeifer que virá do Rio de Janeiro para participar. “Silvia é muito ligada em poesia e se interessou pelo meu trabalho. A troca vai ser boa”, aposta Claudia.
Com uma produção editorial constante e incentivada pelo escritor Pedro Gonzaga - que assina a apresentação -, ela reuniu alguns textos e enviou para o edital da Isto Edições. Além de Pedro, o livro conta também com um texto da escritora Martha Medeiros na quarta capa.
“Os 51 poemas aqui compilados têm a capacidade de ser um antídoto contra o aborrecimento, contra as certezas cansadas de um tempo cansado de certezas. Lidos em seu conjunto, com o vigor de uma voz que se recarrega a cada verso, saímos com a impressão de que a poeta nos levou a um novo lugar, a uma nova experiência sobre o que julgávamos conhecer. Mais felinos, mais poliglotas, e, ao mesmo tempo, mais acordados para a carnalidade que nos faz sentir”, conta Pedro Gonzaga, escritor e tradutor.
Quando lançou “As partes nuas”(2021), ela teve alguns de seus poemas recitados por Lázaro Ramos, Ana Beatriz Nogueira, Pedro Bial e Lília Cabral, entre outros em vídeo-poemas. No ano seguinte, com “As línguas são para outras coisas”, contou com a cantora Marina Lima que escreveu a orelha do livro e foi à Porto Alegre participar de um evento, especialmente para comentar sobre a obra.
Ao todo, Claudia tem três livros publicados: “Leia-me toda” (Dublinense, 2010) - que conquistou o terceiro lugar no Prêmio Biblioteca Nacional e, por ter a capa em braille, chegou a ser finalista do Prêmio Açorianos de Literatura -, “As partes nuas” (Francisco Alves, 2021) - finalista do Prêmio Ages e Academia Rio-Grandenses de Letras -; e “As línguas são para outras coisas” (Taverna, 2022).