Espetáculo aborda os desafios da maternidade na pandemia

Espetáculo aborda os desafios da maternidade na pandemia

Em “Yèyé” atriz gaúcha radicada em Salvador, Josy Acosta, conta com a participação de sua filha, de um ano e quatro meses

Correio do Povo

Atriz natural da zona leste de Porto Alegre, Josy Acosta e filha Maisha Bárbara, em cena de espetáculo feito na Fundação Pierre Verger (Bahia)

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A gaúcha radicada há dez anos em Salvador, Josy Acosta, assina a produção, roteiro e direção de “Yèyé”, que estreia neste sábado, 3 de abril, com a participação especial de sua filha Maisha Bárbara, de um ano e quatro meses, em uma das cenas. A transmissão gratuita ocorrerá no Youtube do Grupo Ìwà. 

A peça foi construída a partir de uma pesquisa de campo na Fundação Pierre Verger, local onde a atriz e sua equipe escutaram a griote Vovó Cici contar histórias de orixás femininos. “Pedi à Vovó que contasse histórias que versassem sobre mulher-guerreira, mulher-encantamento e mulher-mãe. Depois, entrei em sala de ensaio com o professor Negrizu, arte-educador e coreógrafo da Escola Olodum, para trabalhá-las corporalmente e, só então, o roteiro surgiu. Escolhemos falar sobre a ‘mulher-mãe’, a orixá que é mãe do ser humano, um espetáculo que dialoga com as minhas memórias da infância, com a religiosidade de matriz africana e com os ensinamentos que a maternidade me trouxe”, conta Josy.

Para construir o roteiro, a atriz realizou encontros virtuais com vinte mães de diversas partes do Brasil, que participaram de uma convocatória pública, para trocar experiências sobre maternidade em tempos de pandemia, um momento da nossa história potencializado pela carga emocional e o acúmulo de trabalho, principalmente das mulheres. Nesse momento de confinamento e de distanciamento social quem acolhe, aconchega e as escuta? Mama África dialogou diretamente com a comunidade do Engenho Velho de Brotas e arredores, tanto na realização da pesquisa, como dos ensaios e formação da equipe técnica. 

"Yèyé" segue a linha dos trabalhos anteriores do Grupo Ìwà, valorizando a musicalidade e recursos corporais para contar histórias. Acompanham a atriz em cena os músicos Juliana Almeida e Gabriel Carneiro, que divide os arranjos com Pedro Acosta. Com trilha assinada por Toni Edson e direção do cineasta Ailton Pinheiro, a montagem foi gravada em um espaço cultural da capital baiana e ficará disponível para visualização no YouTube até 10 de abril.


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