Espetáculo “De Volta para a Garagem” traz nesta quarta homenagem ao rock gaúcho

Espetáculo “De Volta para a Garagem” traz nesta quarta homenagem ao rock gaúcho

Apresentação será no Opinião, a partir das 20h

Correio do Povo

Apresentação irá destacar seleto grupo de músicas que são tidas como clássicas no rock gaúcho

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Uma história de ficção livremente inspirada em “Pode Ser que Seja Só o Leiteiro Lá Fora”, de Caio Fernando Abreu é o que propõe “De Volta para a Garagem”, que coloca em cena um encontro inusitado de figuras icônicas do rock gaúcho. O assunto não poderia ser mais familiar para o diretor e dramaturgo Bob Bahlis, que trabalhou na lendária rádio Ipanema FM, que divulgou e disseminou todas as vertentes do rock, especialmente a local. O espetáculo pode ser conferido somente nesta quarta, às 20h, no Opinião (José do Patrocínio, 834). 

Na apresentação, enquanto uma tempestade destrói Porto Alegre, uma banda passa a madrugada tocando as canções do rock gaúcho, que estão no inconsciente coletivo. Estão nesta garagem: Flávio Basso/Júpiter Maçã, Frank Jorge, Charles Master, Edu K e Biba Meira. Os músicos conversam sobre a cultura do rock, beat, budismo, astrologia. E questões acerca da identidade, a dificuldade de viver de música e arte, bem como a pressão de fazer sucesso em uma cidade como Porto Alegre. Seria o bug do milênio? 

Questionamento

Para a escolha da trilha, Bob enviou para um grupo de pessoas ligadas ao mundo do rock gaúcho − músicos, artistas e jornalistas − a pergunta: quais as dez bandas, ou, as 15 canções do rock gaúcho, que estão no inconsciente de todos nós? As dez bandas que mais apareceram na lista, são tocadas ao vivo na peça, no decorrer da narrativa, com alguns diálogos construídos a partir de conversas que o diretor teve com músicos daqui.

O resultado ficou com TNT (Estou na Mão), Taranatiriça (Rockinho), Júpiter Maçã (Lugar do Caralho), Julio Reny, (Amor e Morte), Os Replicantes (Problemas), Garotos da Rua, (Meu Coração Não Suporta Mais + Eu Já sei), Cascavelletes (Sob o Céu de Blues), Fughetti Luz (Nosso Lado Animal), Graforréia Filarmônica (Amigo Punk), De Falla (It's Fucking Boring to Death) e Bandalieira (Campo Minado). 

Em 1 hora e 30 minutos, cinco atores cantam estes clássicos que deixaram saudades: Nina Rouge (voz), Bruno Bazzo (guitarra), Leonardo Barison (gaita), Samuel Reginatto (guitarra) e Zé Fernandes (contrabaixo). Reforçam a banda, os músicos André Hernandes (guitarra) e Tazz Goetems (bateria). Este é o segundo trabalho com a temática roqueira de Bob Bahlis, após “Um Hippie, um Punk, um Rajneesh” (2016), texto de Ricardo Silvestrin inspirado na música dos Replicantes. 

Foi no palco do Opinião que Bob apresentou o “Bob Pop Show”, programa de auditório que fez sucesso na década de 1990. Em 1989, ele já fazia teatro na capital gaúcha, depois passou pela rádio Ipanema FM, apresentou o programa “Radar” da TVE e dirigiu programas televisivos, como o “Folharada” da Bandeirantes. Em 2006, ele decidiu se dedicar apenas à direção teatral e dramaturgia, não parando, desde então. “Dez (Quase) Amores”, “Pedro Malazarte e a Arara Vermelha”, “Filhote de Cruz Credo”, “Clube dos Cinco”, “Piá Farroupilha”, “Tedy, o Amor não é para Amadores”, “Perto do Fim” e “Coração de Búfalo”. Sua mais recente criação foi “Um Certo Capitão Fernando”, sobre o jogador Fernandão, vítima de um acidente aéreo, que tem emocionado o público. 


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