Espetáculos "A Fome" e "Assassinato de Santiago" são estreias do Porto Verão Alegre nesta quarta
Ambas as atrações poderão ser conferidas na Casa de Cultura Mario Quintana
publicidade
Espetáculos do Porto Verão Alegre que estreiam nesta quarta-feira prometem agradar diferentes públicos. Nesta quarta e quinta-feira, às 20h, “A Fome” é atração do Teatro Bruno Kiefer (6° andar da Casa de Cultura Mario Quintana - Rua dos Andradas, 736). Sissi Venturin produziu o roteiro, junto com Marcos Contreras, de seu solo, com revelações pouco palatáveis e a exposição de uma fome voraz pela vida.
O trabalho incorpora circunstâncias míticas e críticas sobre o feminino, em uma performance-limite entre o ritual e o cibernético. Neste monólogo intimista e confidencial entre palco e plateia, a Cia. Espaço em Branco dá sequência à investigação de um espetáculo colaborativo, que dialoga com o espectador e propõe uma experiência sensorial, crítica e poética.
Na atração, no dia derradeiro, um rito de passagem necessita ser concluído, custe o que custar. Refletindo sobre relações amorosas e familiares atordoantes, o espetáculo mostra uma mulher sem nome nem espaço que se dilata, guiada por uma chama primitiva e implacável. Pelos dentes irá descobrir a forma mais intensa de consumir o amor, o outro e sua sombra. A direção é de João de Ricardo.
Transformação de espectador em detetive
Também na Casa de Cultura Mario Quintana, mas no Teatro Carlos Carvalho (2° andar), “O Assassinato de Santiago” pode ser conferido hoje e na quinta-feira, 20h. Dennys D’Almeida é responsável pelo texto, direção e ainda sobe ao palco, com Henrique Garcia, Isadora Fraga, Brenda Bandeira, Júlia Estran, Natália Monteiro, Dudu Xavier, Wilian Fraga e Wagner dos Santos.
Envolvente e interativo, o espetáculo transforma o espectador em detetive, na busca da resolução de um caso criminal. O empresário e milionário Santiago Aguirre promove uma festa para compartilhar com seus amigos uma notícia que mudará o rumo de suas vidas, mas nesta mesma noite é assassinado.
Desta forma, com a certeza de que há um assassino entre os presentes no evento, tem início uma corrida contra o tempo para descobrir a autoria e motivação do crime. A encenação realista e impactante propõe uma reflexão sobre os reais valores das relações humanas, que se esvaziaram em tempos de corrupção, ódio, ganância e excessivo capitalismo.