Família de Michael Jackson critica documentário que renova acusações de pedofilia

Família de Michael Jackson critica documentário que renova acusações de pedofilia

"Leaving Neverland" foi exibido na sexta-feira no Festival de Sundance e estreia no fim do ano na HBO

AFP

Família qualificou reações nas redes sociais como "linchamento público"

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A família de Michael Jackson criticou nesta segunda-feira um documentário que renova as acusações de abuso sexual de menores contra o cantor, qualificando as reações nas redes sociais como "linchamento público". Os familiares, que consideraram o rei do pop um "alvo fácil", se mostraram "furiosos" com o polêmico filme "Leaving Neverland", exibido na sexta-feira no Festival de Cinema de Sundance, nos Estados Unidos.

A família recordou que antes de sua morte, em 2009, o cantor havia sido amplamente investigado, inclusive com uma revista no Rancho Neverland - de sua propriedade, na Califórnia -, e um julgamento criminal vinculado a outro adolescente, do qual foi absolvido. "Michael sempre deu o outro lado da cara (a tapa), e nós também demos quando as pessoas foram atrás de membros da nossa família. Isso é o que os Jackson fazem", assinalou a família em um comunicado.

"Mas não podemos ficar quietos enquanto este linchamento público continua, e os abutres do Twitter e outros que nunca conheceram Michael vão atrás dele", continuaram os familiares. "Michael não está aqui para se defender, do contrário essas acusações não existiriam", diz ainda a nota.

O novo documentário tem quatro horas de duração e estreará na HBO no final deste ano. A produção inclui o depoimento dos acusadores Wade Robson e James Safechuck, que chocou os espectadores do Festival de Sundance. Os dois, hoje com 30 anos, acusam Jackson de ter abusado deles quado tinham 7 e 10 anos. Embora ambos tenham apresentado ações no passado, as duas foram desconsideradas por assuntos técnicos.

Antes da apresentação do documentário, a família do cantor havia dito que o filme era uma "tentativa patética de explorar e tirar proveito de Michael Jackson". O diretor Dan Reed, que também está por trás de um documentário sobre o ataque terrorista contra a revista francesa Charlie Hebdo em 2015, defendeu seu documentário. "Se existe algo que aprendemos durante esse tempo em nossa história é que o abuso sexual é complicado e as vozes dos sobreviventes devem ser ouvidas", disse em comunicado.

Jackson enfrentou múltiplas denúncias de abuso sexual infantil durante a sua vida. Apesar de ter sido absolvido em 2005, o artista pagou 15 milhões de dólares em 1994 em um acordo judicial por acusações relacionadas a outra criança.

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