Aforismos desafortunados na Feira do Livro
Autor dois Santos dos Santos realiza sessão de autógrafos da obra “Espírito do Porco Espinho”, hoje às 18h, na Praça de Autógrafos Gerdau
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O conceito do aforismo é antigo e se define por ser formado por frases que definem preceito moral ou prático. De Nietzche a Pascal, de Paulo Mendes Campos a Mario Quintana, o gênero tem no autor catarinense de Lajes, radicado na capital gaúcha desde os anos 1950, dois Santos dos Santos, um escultor com um formão de ideias precisas e um sarcasmo que lhe é particularmente peculiar. O autor lança o livro “Espírito do Porco Espinho - aforismos desafortunados” (Edição do Autor) com sessão de autógrafos às 18h na Praça da Alfândega. Na obra dedicada ao amigo artista visual Gelson Radaelli, falecido em 2020, o escritor dá uma espécie de sequência ao seu livro de 2008, “Manual de Anti-Ajuda” (Nova Roma), que continha também desaforos, além de aforismos.
E é no exemplo destas frases curtas, que dois Santos dos Santos nos ganha com ardor: “Há pessoas cuja maior virtude é a pobreza de espírito” ou então: “Não é preciso gostar de cachorro para detestar o ser humano”. O lirismo e o sarcasmo andam de mãos dadas na obra e dois exemplos curtos fecham este texto: “Tão solitário que se dizia ‘cancelado na vida real’” e “Agora, só resta esperar o fim. Por quê? Quando? Como?”.