Foi aberta a 71ª Feira do Livro de Porto Alegre, no final da tarde de sexta-feira, no Teatro Carlos Urbim, montado para o evento na Praça da Alfândega. Após um emocionado canto “Eu Sou do Sul”, conduzido pelo cantor Elton Saldanha e outros músicos gaúchos no palco, a cerimônia de inauguração teve início.
Sergio Faraco fez seu discurso de despedida como patrono ressaltado a obra de sua sucessora, Martha Medeiros. "Teu modo de escrever, Martha, não tem manobras nem faz pose, é direto, franco, mas hospitaleiro, como se estivesse no umbral da casa à espera dos leitores para conversar sobre o amor, a liberdade, o amadurecimento, a amizade, a leitura, a literatura ou as pequenas coisas que compõem o nosso cotidiano", disse Faraco, ressaltando a sensibilidade e a originalidade da escritora. "Construiu uma obra que conquistou admiradores de todas as idades, através de mais de um milhão de exemplares vendidos", completou.
Após a entrega da chave e do troféu a Martha, foi a vez da patrona discursar, prometendo ser breve. “Bem que eu gostaria de citar todos os patronos que esta Feira já teve, mas seriam dezenas e dezenas de nomes. Então me permitam homenagear as oito mulheres que fazem parte desta lista: Maria Dinorah, Lya Luft, Patricia Bins, Jane Tutikian, Cíntia Moscovich, Valesca de Assis, Maria Carpi e Marô Barbieri. É uma emoção me juntar a elas e ser a nona patrona mulher desta que é a festa cultural mais importante do nosso Estado”, disse. “Uso a palavra festa em vez de evento porque acho importante recuperar a alegria da celebração”, complementou. Para ela, os tempos são difíceis, desumanos, e o contra-ataque possível é este: “estar aqui reunidos festejando os livros”.
O presidente da Câmara Rio-Grandense do Livro, Max Ledur, deu as boas-vindas e lembrou que esta é sua última gestão à frente da instituição. Ressaltou que a feira é resultado de esforços coletivos e agradeceu a todos que se unem para realizá-la. A feira segue até 16 de novembro, das 10h às 20h, com o tema “Beba desta fonte”.