Festival de Brasília celebra carreira de personalidades do cinema brasileiro
Cerimônia de homenagens marcou a abertura da 52ª edição, no Cine Brasília
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A cerimônia de abertura do 52º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro ocorreu na última sexta-feira, no Cine Brasília, com homenagens a personalidades que fizeram e fazem a história da cultura nacional. Em seguida, o público assistiu ao filme "O traidor", dirigido pelo italiano Marco Bellocchio, escolhido para abrir a edição 2019 do Festival. Foi a primeira exibição da obra no Brasil, após estrear no 72º Festival de Cannes. O diretor não pôde estar presente porque está em Los Angeles para divulgar o filme para a próxima edição do Globo de Ouro. Entretanto, representaram o filme os produtores brasileiros, os irmãos Gullane, e a atriz Maria Fernanda Cândido, entre outros membros da equipe.
Na noite de abertura, o grande homenageado do 52º Festival de Brasília foi o ator Stepan Nercessian. Ao receber a honraria, Nercessian destacou a importância do momento. “É muito inusitado Brasília homenagear um goiano. O cinema brasileiro é feito de candangos, ele é mais forte e resistente do que qualquer coisa. Ser homenageado nesse festival é muito mais forte. O Festival de Brasília foi construído por resistência. O cinema resistiu, resiste e hoje procura mostrar o rosto, a alma e os sonhos do povo brasileiro”, disse o ator.
Fernando Adolfo foi agraciado com a medalha Paulo Emílio Salles Gomes, entregue pelo Coordenador Geral do Festival, Pedro Lacerda. Também foram homenageados o maestro Cláudio Santoro (in memória) e a cineasta Débora Diniz (que está morando no exterior).
O Secretário de Cultura do Distrito Federal, Adão Cândido, enfatizou o trabalho realizado para tornar realidade esta edição 2019, e apontou os caminhos para o futuro do festival. Mas foi fortemente vaiado por parte plateia, especialmente a classe artística, devido aos recentes cortes de fundos de apoio e incentivos à produções cinematográficas.
