Filme com Meryl Streep em homenagem a feministas abre Festival de Londres
"Suffragette" aborda a luta pelos direitos das mulheres
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O longa narra os problemas enfrentados por Pankhurst por ter incitado as mulheres à desobediência civil - pedradas nas janelas, incêndios, manifestações, entre outros - depois de anos exigindo em vão o direito de voto. Meryl Streep aparece apenas alguns minutos na tela, porque Sarah Gavron, a diretora, e Abi Morgan, o roteirista, escolheram contar a história do ponto de vista de Maud - vivida pela britânica Carey Mulligan -, uma trabalhadora de uma lavanderia da Londres de 1912, casada com uma colega e mãe de uma criança pequena.
"É um dos grandes sucessos do filme. Não se trata de mulheres de um meio favorecido, é a história de uma menina da classe trabalhadora e, portanto, nos permite entrar facilmente na trama", afirma Meryl. No início, Maud se compromete timidamente com a luta, tão surpresa quanto seduzida por apedrejar as janelas das lojas do West End de Londres.
Mas logo percebe que quer algo mais do que uma vida sob o controle de um chefe estuprador, submetida a injustiças e ao silêncio.
Incentivada pela solidariedade entre as sufragistas, mergulha em ações clandestinas, particularmente ao lado de Edith, papel de Helena Bonham Carter, uma farmacêutica. Maud enfrenta golpes da polícia, celas insalubres, a rejeição de seu marido e de sua vizinhança, e a privação de ver seu filho. No entanto, dia após dia se convence de que não haverá um futuro melhor sem mais direitos. "O filme não se parece com um documentário histórico, é um filme sobre o que acontece hoje", disse Carey Mulligan.
Confira o trailer de "Suffragette":