Filme retoma uma história de amor que aconteceu há mais de 50 anos e marcou vidas

Filme retoma uma história de amor que aconteceu há mais de 50 anos e marcou vidas

"Os Melhores Anos de uma Vida" acompanha os mesmos personagens do clássico "Um Homem, uma Mulher" e mostra a relação entre entre Jean-Louis Duroc e Anne Gauthier

Correio do Povo

Jean-Louis Trintignant interpreta Jean-Louis Duroc e Anouk Aimée, Anne Gauthier, 50 ano após o primeiro filme

publicidade

Exibido na Seleção Oficial do Festival de Cannes, "Os Melhores Anos de uma Vida", dirigido por Claude Lelouch, acompanha os personagens Jean-Louis Duroc (Jean-Louis Trintignant) e Anne Gauthier (Anouk Aimée) cinquenta anos depois do primeiro filme, o clássico francês "Um Homem, uma Mulher", de 1966, vencedor do Oscar de Melhor Filme de Língua Estrangeira e de Melhor Roteiro – e que também teve uma continuação em 1986, "Um Homem, uma Mulher - 20 Anos Depois".  

Jean-Louis Duroc e Anne Gauthier se conheciam há muito tempo: um homem e uma mulher cujo romance deslumbrante e inesperado, capturado no icônico primeiro filme, revolucionou a compreensão do amor de toda uma geração de cinéfilos. Porém, o diretor não encara esse filme como uma sequência: “eu sabia que o filme precisava envolver até aqueles que não viram "Um Homem, uma Mulher". Precisava se sustentar com seus próprios pés e ser um filme independente.”, diz.

"Os Melhores Anos de uma Vida" retoma uma história de amor que aconteceu há mais de 50 anos e marcou vidas, falando sobre os traços que deixamos um no outro. No primeiro flashback, a personagem de Anouk Aimée envia um telegrama para o personagem de Jean-Louis que diz: "Eu te amo". É uma declaração que acaba virando a vida de cabeça para baixo, tudo começa com o momento extraordinário em que uma mulher tem coragem de declarar o seu amor. Hoje, o ex-piloto de corridas parece perdido nos caminhos de sua memória. Para ajudá-lo, seu filho procura a mulher que seu pai não foi capaz de manter, mas sobre quem ele fala constantemente. Anne, então, se reúne com Jean-Louis e sua história começa onde eles terminaram...

Os filmes de Claude Lelouch estão sempre em busca de emoções. Cada um deles explora novas maneiras de comunicar o que é mais importante para o diretor. Lelouch é um amante da vida e a celebra em todos os seus aspectos mais poderosos e inesperados; um mestre em imortalizar esses momentos na tela, que parecem roubados da realidade. "Os Melhores Anos de uma Vida" é um filme sem precedentes, o primeiro a reunir o mesmo casal de atores (que rendeu uma indicação ao Oscar para Anouk Aimée) e levá-los aonde sua história mundialmente famosa parou, mais de 50 anos atrás. Mas também é muito mais que isso. O 49º trabalho de Claude Lelouch é, acima de tudo, uma visão singular dos aspectos mais importantes da vida, por um cineasta único e apaixonado. O filme não é uma conclusão nem um epílogo, mas algo inteiramente novo.
O filme  retira sua autenticidade de uma realidade que deixou seus vestígios com o público. As imagens do passado combinam-se com as imagens do presente para produzir um animado movimento de vaivém. E isso torna esse novo filme também universal. Os personagens começam de novo. “Acho profundamente emocionante ver Jean-Louis e Anouk cinquenta e três anos depois, no espaço de um segundo. É um segundo da eternidade que abre um buraco no tempo. As emoções são trazidas em círculo completo. As imagens de Jean-Louis e Anouk de duas épocas diferentes apenas intensificam nossas emoções.”, completa Lelouch.

A ideia de retomar a história dos personagens surgiu durante a festa do cinquentenário do clássico, quando o diretor observou Jean-Louis e Anouk conversando e percebeu que todo mundo estava rindo e se divertindo. “Foi maravilhoso para todos nós nos reunirmos novamente. Era como se algo tivesse ficado inacabado e nenhum de nós queria que terminasse. Naquele dia, vi o que tornou Anouk e Jean-Louis ainda maravilhosamente únicos depois de todos esses anos. Pensei comigo mesmo que seria fantástico tê-los juntos novamente, como um par de noivos eternos que ainda tinham que dizer suas palavras finais - palavras que também poderiam ser as primeiras.”, diz Lelouch, que ainda completa: “na nossa idade, eu poderia fazer Anouk e Jean-Louis dizerem praticamente qualquer coisa. Como eu, eles estão no terceiro ‘trimestre’ de suas vidas. Finalmente, podemos dizer o que realmente pensamos, enquanto no dia a dia tendemos a moderar as palavras.”.

 


Mais Lidas

Guia de Programação: a grade dos canais da TV aberta desta quinta-feira, dia 28 de março de 2024

As informações são repassadas pelas emissoras de televisão e podem sofrer alteração sem aviso prévio

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895