Gal Gadot critica polêmica envolvendo Mulher-Maravilha e ONU
Personagem havia sido nomeada Embaixadora Honorária da organização, mas título foi revogado
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"Há tantas coisas horríveis acontecendo no mundo e é contra isso que você está protestando?", questionou a atriz em entrevista à revista Time sobre a decisão que gerou protestos. Junto com Lynda Carter, que interpretou a princesa amazona na TV, Gadot chegou a participar da cerimônia de posse realizada em outubro. A ONU havia anunciado que a campanha seria utilizada para conscientizar para a Meta 5 do Desenvolvimento Sustentável, que prevê que igualdade de gênero e o empoderamento de todas as mulheres é uma parte essencial na criação de um mundo pacífico e próspero.
Na cerimônia, funcionárias da ONU se manifestaram contra a escolha, que também gerou um abaixo-assinado. A petição reclamava da necessidade de se escolher uma personagem fictícia, bem como do perfil dela: "Uma mulher branca, se seios grandes, com proporções impossíveis, seminua em um pequeno e justo macacão com uma bandeira americana" não é uma porta-voz apropriada para a igualdade de gênero, dizia o texto.
"Quando as pessoas argumentam que a Mulher-Maravilha deveria se cobrir, eu não entendo... Dizem que 'se ela é inteligente e forte, não pode ser sexy também'. Isso não é justo. Por que ela não pode ser todas essas coisas?", indagou Gadot ao defender a super-heroína em meio à polêmica. A ONU, que já utilizou outros personagens temporariamente em campanhas, não explicou os motivos que levaram à desistência. Por sua vez, a DC Comics disse que a Mulher-Maravilha luta por paz, justiça e igualdade, além de afirmar que está satisfeita com a visibilidade que ela trouxe para o combate à violência de gênero.