História real de canibalismo em Porto Alegre ganha livro

História real de canibalismo em Porto Alegre ganha livro

O escritor Tailor Diniz revive duas figuras assombrosas da cidade em ‘Os canibais da Rua do Arvoredo’, com primeira sessão de autógrafos, em São Paulo, dia 29 de fevereiro

Correio do Povo

Crimes insólitos de José Ramos e Catarina são revividos em livro de Tailor Diniz

publicidade


Em uma mistura de realidade e ficção, o escritor e roteirista Tailor Diniz constrói um enredo instigante e, ao mesmo tempo, assustador que retrata até mesmo os desejos mais estranhos do ser humano. Os crimes insólitos de José Ramos e Catarina são revividos um século e meio depois no livro "Os canibais da Rua do Arvoredo", com lançamento em São Paulo no dia 29 de fevereiro, e, em Porto Alegre, em março.

Noss 1863 e 1864, na capital do Rio Grande do Sul, um casal assassinou homens, moeu as carnes e os transformou em linguiças comercializadas em Porto Alegre, na Rua do Arvoredo, conhecida nos dias atuais como Rua Coronel Fernando Machado, no Centro Histórico.

Ambiciosos, José Ramos e Catarina Palse escolhiam juntos a presa: homens, afortunados e, geralmente, imigrantes alemães. Enquanto a missão dela era seduzir e atraí-los para a casa onde moravam, a dele era transformar o corpo humano em cadáver. Com a ajuda de Claudio Claussner, eles transformavam a carne em linguiças, comercializadas em um açougue.

A prática insólita que aconteceu na capital, em 1863 e 1864, repercutiu no mundo todo e ganhou espaço até mesmo no caderno de anotações do naturalista Charles Darwin.

Os canibais da Rua do Arvoredo

Um século e meio depois, é possível que a história se repita? Em “Os canibais da Rua do Arvoredo”, o escritor e roteirista Tailor Diniz apresenta uma narrativa instigante e provocadora em torno de um novo boato sobre o consumo de carne humana na capital do Rio Grande do Sul. Influenciados pelos espíritos dos antigos moradores do local, um aluno de gastronomia e uma estudante de medicina viverão momentos de luxúria e terror num porão de pedras antigas em meio a facas, cutelos, machados, um moedor de carne e um esqueleto humano.

Na sátira, a trama é narrada por um observador onipresente, que se apresenta como membro de uma organização internacional, cujo objetivo é dominar o mundo e transformar a população em comunistas/globalistas. Através de uma tela de computador, ele segue freneticamente os passos do casal de estudantes que leva os mesmos nomes dos antigos assassinos, José e Catarina. É possível confiar neste relator? Por que os dois jovens foram escolhidos? De quem e por qual motivos os espíritos desejavam se vingar?

É o que o leitor vai descobrir nas páginas de “Os canibais da Rua do Arvoredo”, publicada pelo selo Lucens, da Citadel Grupo Editorial. Nessa antiga lenda urbana porto alegrense, que será adaptada para o cinema, Tailor Diniz tempera o enredo com elementos adicionais: o fastio à carnificina, o ardente desejo sexual, o medo e a conexão entre passado e presente.

Conheça Tailor Diniz

Tailor Diniz é escritor e roteirista de cinema e TV. “Os canibais da Rua do Arvoredo” é seu 22º livro e, entre eles, estão “Em linha reta”, semifinalista do Prêmio Oceanos de Literatura 2015; “Crime na Feira do Livro”, traduzido na Alemanha e lançado na Feira de Frankfurt, em 2013; “Transversais do tempo”, Prêmio Açorianos de Literatura – Melhor Livro de Contos de 2007; e “A superfície da sombra”, traduzido na Bulgária e adaptado para o cinema pelo diretor Paulo Nascimento, em 2017.

Com seus roteiros, conquistou prêmios nos festivais de cinema de Gramado e Brasília. O romance "Só os diamantes são eternos” (2019) está sendo adaptado para as telonas, e seu último livro, “Novela interior”, ganhou o Prêmio Jacarandá, Livro do Ano/2013, promovido pelo jornal Correio do Povo, durante a Feira do Livro de Porto Alegre.


Mais Lidas

Guia de Programação: a grade dos canais da TV aberta deste domingo, dia 28 de abril de 2024

As informações são repassadas pelas emissoras de televisão e podem sofrer alteração sem aviso prévio

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895