"Homem-Formiga", um super-herói que não se leva muito a sério

Com "Homem-Formiga", a grande estreia dos cinemas brasileiros nesta quinta-feira, a Disney traz para as telas um novo super-herói dos quadrinhos da Marvel. Dessa vez,  diferente dos sisudos Thor e Capitão América, temos um personagem sarcástico e nem sempre muito honesto. 

De acordo com seu intérprete, o ator Paul Rudd, um herói com esse nome não pode se levar muito a sério. "É alguém que voa nas costas de uma formiga, não é o Soldado Invernal e é bem consciente disso", disse, se referindo ao arqui-inimigo do Capitão América. "É possível se divertir com isso, não se levar muito a sério e ainda assim contar uma história emotiva", comenta o ator de 46 anos. Para entrar no personagem, ele teve que aprender algumas acrobacias, e se contentar com uma amêndoa por dia para ostentar o abdômen do super-herói.

O filme deve impulsionar a carreira de Rudd, até agora um ator mais conhecido pelas comédias românticas. É exatamente o que aconteceu com Chris Pratt, que integrava a série de comédia "Parks and Recreation" e se transformou na estrela de "Guardiões da Galáxia" e em um dos nomes mais procurados da indústria do cinema no momento.

À margem do universo dos "Vingadores", o longa conta a história de Hank Pym (Michael Douglas), um cientista que descobre uma substância química que permite reduzir seu tamanho e aumentar sua força - e graças ao seu poder mental, o Homem-Formiga pode também controlar exércitos de formigas. Mas seu ex-aluno Darren Cross (Corey Stoll, conhecido pela série "House of Cards"), consegue reproduzir sua descoberta e quer vendê-la para traficantes de armas. É então que Pym, já idoso, elege Scott Lang (Paul Rudd), um ladrão de pouca expressão recém-saído da prisão, como o Homem-Formiga que salvará o planeta.

O filme joga visualmente com as dimensões, quando Scott Lang evolui da escala humana ao infinitamente pequeno, chegando ao microscópico. Dirigido por Peyton Reed, "Homem-Formiga" também acentua os efeitos cômicos, em particular através do ator de origem mexicana Michael Peña, que encarna um ladrão amigo de Lang.

Paul Rudd, que se disse um fã moderado dos quadrinhos de super-heróis na infância, entende que esses personagens fascinam o grande público. Para ele, permitem escapar da vida cotidiana, ainda que os super-heróis sejam "muitas vezes complexos e cheios de conflitos internos, como Hulk". E completa: "Esses personagens foram criados por pessoas inteligentes (...) E quando é agregada a dimensão fantástica, a força, a capacidade de voar, a invisibilidade... Se constrói um universo verdadeiramente divertido de explorar".