Humor para enfrentar o cotidiano

Humor para enfrentar o cotidiano

A atriz Mônica Martelli apresenta a peça ‘Minha Vida em Marte’ no Teatro da PUC

Adriana Androvandi

Mônica Martelli interpreta Fernanda, uma mulher casada que luta para manter a relação

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A peça “Minha Vida em Marte” está de volta a Porto Alegre. O espetáculo, com texto e interpretação de Mônica Martelli, tem sessões sexta e sábado (dias 28 e 29 de  julho) no Salão de Atos da Pucrs (av. Ipiranga, 6681, prédio 4), às 21h. Mônica Martelli interpreta a personagem Fernanda, uma mulher casada há oito anos e em crise no casamento. A protagonista aparece tentando encontrar saídas para as intolerâncias diárias que a rotina traz, a falta de libido, o acúmulo de mágoas, expectativas frustradas e a busca de sonhos.

A atriz conversou com o Correio do Povo. Começamos perguntando sobre sua saúde, pois na última vez em que esteve no Estado teve de cancelar a apresentação da peça por motivo de saúde. Mas tudo já passou. “Estou ótima, graças a Deus”, diz a atriz. Ela explica que aquele caso se deu devido a uma bactéria. “Eu estava fora de casa, mas me senti em casa. Fui muito bem acolhida e cuidada com muito carinho pelos médicos e enfermeiros da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre”, relata.

Agora ela volta à Capital. “Eu amo vir a Porto Alegre apresentar a peça. Acho que este espetáculo chega no coração das mulheres gaúchas de uma forma muito especial, porque a maioria das mulheres vive os dramas que a Fernanda vive, como os problemas no casamento”, comenta. “A gente quer que dê certo, luta pela relação, se questiona se é apenas mais uma crise ou se é o momento de se separar”, confessa. 

Quando a pandemia terminou, a atriz retornou os ensaios com a diretora da peça, Susana Garcia. Elas se questionaram se todo o período vivido poderia gerar alterações no monólogo. Mas ao repassar cada parte do texto, Mônica e Susana chegaram à conclusão de que não era necessário alterar nada. “O que isso quer dizer? Que a peça ‘Minha Vida em Marte’ é atemporal, todos os assuntos que dizem respeito a uma mulher em crise no casamento estão ali”, comenta.

Ela cita, por exemplo, as intolerâncias diárias, a falta de libido, o massacre da rotina que é incompatível com a ideia de amor romântico, o medo de se separar em uma sociedade machista, em que a mulher mais velha precisa refazer a vida quando os padrões de beleza são associados à juventude. “Precisamos falar sobre etarismo. Hoje estamos vivendo a longevidade”, afirma. “Eu com 50 anos mudei de cidade, me apaixonei, tenho novos projetos. Busco o autoconhecimento, faço terapia, procuro não perder a minha essência para me potencializar”, revela.

Muitos temas da peça foram inspirados na biografia da atriz. Sobre a questão de expor questões mais íntimas, Mônica opina que a ficção sempre ajuda a refletir sobre o cotidiano. “O relato das suas emoções vai direto no coração das pessoas e transforma a vida delas, porque nos dá a sensação de que não estamos solitários em situações que muitas outras pessoas também passam”, reflete.

Ingressos podem ser obtidos no local ou online (com taxa de conveniência, pelo site https://www.blueticket.com.br/evento/32718).  


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