Indicado ao Oscar, “12 Anos de Escravidão” estreia nos cinemas

Indicado ao Oscar, “12 Anos de Escravidão” estreia nos cinemas

Drama dirigido pelo britânico Steve McQueen retrata tráfico de pessoas e racismo

Adriana Androvandi / Correio do Povo

Cwiwetel Ejiolor protagoniza 12 anos de Escravidão, filme indicado a nove Oscars

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Estreia oficialmente nesta sexta-feira o drama “12 Anos de Escravidão”, dirigido pelo britânico Steve McQueen (homônimo ao ator falecido em 1980, mas sem nenhuma relação com ele). Esse filme de duas horas e 15 minutos de duração trata da jornada de um negro que sofreu diversas injustiças, Solomon Northup, e é baseado no livro que o próprio escreveu em 1853. O ator Chiwetel Ejiofor interpreta esse protagonista, atuação que lhe garantiu sua primeira indicação ao Oscar de Melhor Ator de sua carreira.

A história se passa nos Estados Unidos, em meados do século XIX e antes da Guerra Civil. Solomon Northup era um negro livre e vivia no estado de Nova Iorque. Era casado e tinha duas filhas e sobrevivia como músico. Em uma noite, ele é sequestrado por integrantes de uma máfia de mercadores de pessoas e enviado ao Sul, onde o regime escravocrata era a base da produção do algodão e do açúcar. Com sua identidade alterada, é vendido como escravo.
 

Passa a ser tratado com a crueldade típica do período e que ganha sua personificação mais aguda no patrão interpretado por Michael Fassbender (que já trabalhou por duas vezes com McQueen). Solomon luta não só para sobreviver, mas para manter sua sanidade e dignidade. E, quando tudo parecia perdido, um encontro com um canadense (Brad Pitt em breve participação) será o único sopro de esperança do escravo.

“12 Anos de Escravidão” tem levado os prêmios anteriores ao Oscar na categoria de Melhor Filme. É realmente um drama contundente e não será surpresa se levar também o troféu máximo da Academia, em que está concorrendo no total em nove categorias (Ator para Ejiofor, Ator Coadjuvante para Fassbender, Atriz Coadjuvante para “ Lupita Nyong”o, Figurino, Direção, Edição, Direção de Arte e Roteiro Adaptado).

A temática da escravidão, já abordada diversas vezes no cinema, ganha um novo enfoque e traz à tona crimes ainda atuais, como o tráfico de pessoas e o racismo. A atuação conjunta do elenco é realista e intensa. O filme retrata ainda a cultura dos estados sulistas americanos, como Louisiana no século XIX, e apresenta questões como a musicalidade como forma de unidade frente a um regime opressivo. É uma narrativa que celebra o direito mais sagrado para qualquer pessoa, além, obviamente, da própria vida: a liberdade.

Assista ao trailer:



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