Inditex, proprietário da Zara, anuncia que venderá lojas na Rússia

Inditex, proprietário da Zara, anuncia que venderá lojas na Rússia

O grupo espanhol de moda fez anúncio nesta terça-feira

AFP

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O grupo espanhol de moda Inditex, proprietário da marca Zara, anunciou nesta terça-feira (25) um acordo inicial para se desfazer de todos seus negócios na Rússia, onde suspendeu suas atividades há mais de sete meses, após a invasão da Ucrânia.

"O Inditex alcançou um acordo inicial para a venda de seus negócios na Federação da Rússia ao grupo Daher, que conta com participações relevantes nos setores de distribuição e imobiliário", indicou o grupo, líder mundial de vendas de têxtil, em nota.

"O grupo Daher é dos Emirados Árabes Unidos e é dono do Dubai Mall", um dos maiores shoppings desse país, disse uma fonte próxima à operação, acrescentando que esta empresa "tem uma participação no grupo Azadea, franqueado do Inditex no Oriente Médio".

A operação anunciada hoje "significa o fim das operações do Inditex na Federação da Rússia após a suspensão de sua atividade comercial em 5 de março", de acordo com a nota do gigante espanhol.

O Inditex salienta que os termos da operação permitirão que conserve uma "parte substancial" dos postos de trabalho que o grupo detinha neste país, embora os futuros "pontos de venda" que vão substituir as lojas do gigante espanhol estejam distantes de suas marcas próprias (Zara, Zara Home, Bershka, Oysho, Stradivarius, Pull&Bear e Massimo Duti).

No caso de surgirem "novas circunstâncias" que permitam à empresa retornar ao mercado russo, o Inditex e o grupo Daher contemplam a possibilidade "de uma colaboração entre os dois por meio de um contrato de franquia", segundo o comunicado.

Em 5 de março, o Inditex anunciou que "dadas as circunstâncias atuais", o grupo decidiu "suspender temporariamente a sua atividade nas 502 lojas" que tinha na Rússia, país que representava cerca de 8,5% do seu volume de negócios.

Apesar do impacto do conflito na Ucrânia e da escalada da inflação, o líder mundial em vendas de têxtil - à frente da sueca H&M e da japonesa Uniglo - gerou 1,79 bilhão de euros (1,782 bilhão de dólares) de lucro líquido no primeiro semestre do ano, um aumento de 41% em relação ao mesmo período de 2021.

 


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