Instituto Ling recebe último projeto da artista Brígida Baltar
Centro cultural abre nesta terça a mostra inédita “A pele da planta”, concebida pela artista carioca em 2020 e finalizada após o seu falecimento

publicidade
O Instituto Ling (Rua João Caetano, 440) recebe a partir desta terça-feira, dia 10 de junho, a última exposição planejada por Brígida Baltar (1959-2022), artista considerada pioneira no conceito de escultura transitória no Brasil e reconhecida pelos trabalhos que tratam das relações entre o corpo e a natureza. Intitulada “A pele da planta”, a mostra reúne 40 obras criadas pela carioca, entre desenhos, fotografias e esculturas, além de bordados produzidos especialmente.
A mostra teve seu projeto original concebido em 2020, durante a pandemia, mas teve seu processo interrompido pelo falecimento da artista em 2022, em decorrência de uma leucemia. A exibição foi finalizada em diálogo entre o curador Marcelo Campos e o Instituto Brígida Baltar, respeitando a poética e a memória de Brígida.
Os detalhes serão apresentados ao público durante a abertura da mostra, às 19h, em uma conversa com a participação do curador, do gestor cultural Jocelino Pessoa – diretor artístico do Instituto Brígida Baltar –, do artista Ygor Landarin, que atuou como assistente de Brígida, e de Tiago Baltar, filho da artista e diretor do seu instituto. Para participar do bate-papo, é necessário realizar inscrição prévia, sem custo, pelo site. A exposição fica em cartaz até o dia 9 de agosto, com visitação gratuita de segunda a sábado, das 10h30 às 20h.
Desenvolvida especialmente para a galeria, a exibição evoca a atmosfera dos jardins do centro cultural. Brígida destacou os desenhos e as texturas observados nas plantas, mas também situações de desgaste ou pequenas enfermidades.
A mostra também reúne fotografias e autorretratos da artista que, ao longo da sua carreira, personificou sonhos e fábulas e emprestou seu corpo para fazer filmes e construir abrigos, originando centenas de obras. Ainda estão presentes na exibição esculturas em bronze e obras mais experimentais, com usos inusitados de materiais.