Nesta sexta, dia 25, o guitarrista, compositor e arranjador James Liberato celebra 40 anos de trajetória com o espetáculo "Jazz da Terra". A apresentação acontece no Teatro Olga Reverbel, às 19h, e os ingressos estão disponíveis no site do teatro. O show reunirá músicos que acompanham o artista ao longo do tempo, como Amauri Iablonovsky (sax e flauta), Ronie Martinez (bateria), Everson Vargas (baixo) e Luis Henrique New (piano), e contará com as participações especiais de Anacris Bizarro (vocal), Thiago Colombo (violino) e Pablo Schinke (cello).
Em quatro décadas, James consolidou seu nome na música instrumental brasileira e no jazz, explorando diversas formações e estilos. O título "Jazz da Terra" carrega simbolismo: foi o nome de seu primeiro espetáculo, em setembro de 1985, no antigo Teatro de Câmara. “O show de 40 anos será o momento em que volto ao início da minha carreira, revisitando minhas composições até o presente momento, tendo ao meu lado músicos que percorreram essa trajetória junto comigo”, destaca.
O repertório começa nos anos 1980, marcado pela exploração do jazz, fusion, rock e baladas, perpassando por sua imersão na música brasileira em suas últimas composições e incorporando ritmos tradicionais como baião e choro: No “Rain Song”, “Baião da Amizade”, “Litorânea”, “Espelho D’água”, “Velha Nogueira”, “Trilhos de Aço”, “Frevo bandido”, “Empty Soul”, “Nordestão”, “Choro Torto”, composta em parceria com Carlos Branco, e “Amor e Música”, com Anacris Bizarro.
Vencedor de quatro prêmios Açorianos de Música (1991, 1995, 2004, 2020), gravou cinco álbuns e participou de inúmeros projetos como produtor e arranjador. O primeiro CD instrumental, “Off Road”, foi lançado em 1995. Depois vieram “Sons do Brasil e do mundo” em 1998, “Sotaque Brasil” em 2001 e “Manacô” em 2019. Ainda produziu com o grupo Trezegraus, em 1999, o CD de mesmo nome, e, em 2023, “Aos que chegam”, com composições de Raul Boeira.
Em seu álbum mais recente, “Manacô (2020), o artista reflete uma transição natural do músico e do ser humano. “Tenho estudado muito a música brasileira nos últimos anos e minhas composições buscam misturar a linguagem do jazz e do instrumental com as raízes da nossa terra. Tanto nos timbres quanto nos ritmos e instrumentos, existe uma clara manifestação da cultura brasileira – já existia nos trabalhos anteriores com doses menores –, sem jamais deixar de lado bons improvisos que vem da raiz do jazz”.