Juremir aborda Houellebecq no Instituto Ling

Juremir aborda Houellebecq no Instituto Ling

Jornalista, sociólogo e professor analisa livro ‘Serotonina’, do amigo e autor francês, na noite desta segunda pelo Clube de Leitura do espaço cultural

Michel Houellebecq e Juremir Machado da Silva em viagem à Patagônia que resultou em um livro

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O jornalista, sociólogo e professor Juremir Machado é o convidado da sexta edição virtual e gratuita do Clube de Leitura do Instituto Ling, projeto que, a cada mês, traz novas personalidades para discutir obras referenciais da literatura mundial. Para este encontro, o professor escolheu o livro Serotonina, sétimo romance da carreira de Michel Houellebecq, um dos mais traduzidos autores contemporâneos da França, conhecido por abordar diferentes questões sociais em narrativas repletas de ironias e provocações. A aula será ministrada ao vivo no dia 19 de outubro, segunda-feira, às 18h30min, em plataforma virtual. Para participar, é necessário fazer inscrição prévia e sem custo no site www.institutoling.org.br. Os inscritos receberão material preparatório para a atividade, com dicas de como adquirir a obra e curiosidades sobre a publicação.


Como descreveu Juremir em sua coluna no Correio do Povo, “Serotonina” trata da “vida de um homem devorado pela depressão em meio ao contexto social da globalização e da crise da agricultura francesa em função das regras, acordos e metas da União Europeia”. A obra, lançada em 2019, é narrada em primeira pessoa por Florent-Claude Labrouste, personagem obsessivo que sofre da falta de razão para viver. A publicação é a mais recente da carreira de Houellebecq, considerado um dos mais perspicazes analistas do século XXI. O autor costuma utilizar as longas digressões características da ficção francesa para discorrer sobre temas como religião, história, literatura e costumes. Serotonina é um dos livros mais tristes que já li, de uma verossimilhança brutal, ápice da obra de um autor capaz de usar a ironia com extrema competência e de dizer as verdades mais duras sem qualquer compaixão”, analisa Juremir, que é autor de uma obra sobre o amigo escritor, que estava entre os favoritos a receber o Nobel de Literatura neste ano. A obra se chama “Um escritor no fim do mundo: Viagem com Michel Houllebecq à Patagônia” (Record, 2011) e narra uma viagem de ambos, acompanhados da esposa de Juremir, Ana Cláudia Rodrigues, ao extremo Sul da Argentina. Com a amizade e bons vinhos, Houllebecq, sempre fechado, acabando abrindo o verbo, para falar de filhos, pais, utopias, passado e futuro, sem afetação, além de ponderar sobre inspiração, processos crativios, refletindo sobre o poder terapêutico da linguagem, valor da arte, o belo, humor, ironia e cultura.


Juremir é natural de Santana do Livramento, no Rio Grande do Sul. É graduado em Jornalismo pela PUCRS e também possui graduação em História pela mesma instituição. Possui mestrado e doutorado em Sociologia pela Université de Paris René Descartes. Atualmente, é professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul onde coordenou, de 2003 a 2014, o Programa de Pós-Graduação em Comunicação. Ele tem experiência na área de Sociologia, com ênfase em sociologia da cultura, sociologia da mídia e sociologia do imaginário. É também tradutor, romancista e cronista. Publicou 30 livros, três deles traduzidos para o francês. Entre suas obras estão “Getúlio” (Record, 2004) e Acordei Negro (Sulina, 2019). Juremir é colunista diário no Correio do Povo e coordenador editorial do Caderno de Sábado

 


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