Justiça confirma morte acidental de Amy Winehouse por consumo de álcool
Nível de álcool no organismo da cantora estava "associado à morte", segundo investigação
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Depois de rever todas as provas, a nova encarregada do caso pelo tribunal de St Pancras, Shirley Radcliffe, afirmou que a chamada a cantora morreu por causa de uma "toxicidade etílica", acrescentando que o nível de álcool que tinha no organismo estava "normalmente associado à morte".
Durante a audiência desta terça-feira, recordou-se que a britânica tinha 416 miligramas de álcool por decilitro de sangue, uma taxa de alcoolemia cinco vezes superior à permitida para conduzir no Reino Unido, que é de 80 mg.
A intérprete de "Rehab", que tinha um longo histórico de problemas com drogas e álcool, foi encontrada morta em 23 de julho de 2011 em sua residência de Camden, onde a polícia também achou três garrafas de vodka. Ela tinha 27 anos. A necropsia não conseguiu estabelecer formalmente as causas da morte, mas exames toxicológicos posteriores revelaram a presença de álcool.
Na primeira investigação, a juíza forense Suzanne Greenaway estabeleceu que Winehouse morreu de maneira acidental por causa da ingestão de uma grande quantidade de álcool, depois de um período de abstinência. A australiana teve de se demitir em janeiro de 2012 depois de revelar que carecia dos cinco anos de experiência requeridos no Reino Unido para ocupar o posto, além de ter sido nomeada por seu marido, Andrew Reid, juiz forense que renunciou em dezembro passado.
A investigação judicial, conhecida como 'inquest' no direito britânico e conduzida por um juiz forense, tem como objetivo estabelecer as circunstâncias exatas dos falecimentos de natureza violenta ou sem explicação, mas não leva a um julgamento nem pretende estabelecer responsabilidade penal ou civil.
Amy Winehouse era considerada uma das melhores cantoras britânicas de sua geração. Seu segundo e último álbum de estúdio, "Back to Black", de 2006, foi um enorme sucesso internacional, que lhe valeu cinco prêmios Grammy, especialmente graças à canção "Rehab" na qual falava: "tentaram me enviar para um centro de reabilitação, e eu disse não, não, não".
Mas seus excessos e vícios começaram a ofuscar o seu talento, principalmente quando a impediram de cumprir com seus compromissos e terminar shows. Depois de sua morte, voltou a liderar êxitos internacionais com o álbum póstumo "Lioness: Hidden Treasures", que incluía algumas músicas inéditas.