Karin Rodrigues e Chris Couto vivem mãe e filha em espetáculo on-line dirigido por Elias Andreato

Karin Rodrigues e Chris Couto vivem mãe e filha em espetáculo on-line dirigido por Elias Andreato

“Para Duas”, com dramaturgia de Ed Anderson, é transmitido gratuitamente pelo Facebook

Vera Pinto

Claudio Curi, Karin Rodrigues e Chris Couto vivem drama familiar sobre sobre escolhas e consequências, amor e recusa, solidão e presença, culpa e perdão

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Elias Andreato retoma parceria cênica com Karin Rodrigues e trabalha pela primeira vez com Chris Couto em “Para Duas”, com transmissão online pelo Facebook da Nosso Cultural, que assina a produção, diretamente do Teatro Cacilda Becker. O acerto de contas entre mãe e filha em meio às inquietudes sobre memória e família é o mote da peça, em cartaz até 19 de setembro, sempre aos sábados, 21h. Com dramaturgia de Ed Anderson, o acesso é gratuito e a classificação, livre.  

A trama é um registro de um inusitado reencontro entre mãe e filha após anos em silêncio. Ao misturar momentos de drama e humor, o texto aborda uma sensível reflexão sobre escolhas e consequências, amor e recusa, solidão e presença, além de evidenciar a fragilidade da culpa e do perdão. A história se desenvolve durante um jantar improvisado, servido com temperos distintos, degustado pelas duas mulheres sob a sombra de um pai não mais presente, interpretado por Claudio Curi.

De acordo com Elias Andreato, a obra permeia camadas que são inerentes para qualquer ser humano. “É uma história sobre família, nos enxergamos dentro dessa história, nos traz identificação, põe em cena um duelo de mulheres – Anete (Karin Rodrigues) e Tula (Chris Couto). Duas personagens inteligentes, espirituosas, de raciocínio veloz, que certamente surpreenderão o público com as suas várias facetas”. A encenação é simples, com diálogos cortantes e humor cáustico. O cenário se divide em dois ambientes: o lado imaginário habitado pelo pai e a sala de jantar, com o embate entre as duas mulheres. E o figurino funciona como a extensão de cada personagem. O pai é uma lembrança, amava o cinema, e se materializa de gravata borboleta, como uma memória. Anete é ousada, não gosta de amarras, suas roupas refletem a idealização de liberdade e aparenta até ser mais jovem do que é. Já Tula é uma filha dura, seca, sua vestimenta é básica e incorpora essa personalidade mais direta. 

Para Ed Anderson, a trama envolve três personagens em estado limite, como uma foto de família em quebra-cabeças com algumas peças perdidas. “O momento indeterminado do tempo em que algo especial acontece é chamado de Kairos, a forma qualitativa do tempo. E é deste instante que se deriva a feitura de “Para Duas”, um reencontro com diálogos curtos, frases cortantes e verdades (não) ditas. A dramaturgia procura se aprofundar nas relações, pode ser equiparada ao trabalho de arqueólogos na captura das memórias de um berço fossilizado”.

 


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