Litoral Norte vira atelier para artistas contemporâneos
Projeto de residência artística resultará em obras de arte criadas em diálogo com comunidades locais
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Aproximar a arte de moradores de pequenas comunidades, onde não há galerias ou museus, é o mote do "Casco – Programa de Integração Arte e Comunidade", que vai levar doze artistas brasileiros a diferentes pontos do litoral norte. Nesta semana, artistas, moradores, historiadores e entidades farão encontros on-line para falar das características da região, que vai abrigar no próximo fim de semana, os participantes em doze distritos das cidades de Itati, Maquiné, Osório, Terra de Areia e Três Forquilhas.
Cada artista produzirá uma obra que converse com as particularidades de cada território, utilizando-se do auxílio de um morador local. O assunto e formato poderá ser em vídeo, performance, produção literária, objetual, processual e instalação, entre outras.
No fim de fevereiro serão apresentados os trabalhos, em evento on-line, pelo Facebook e Instagram @cascoresidencia. A experiência será registrada em um minidocumentário e um livro, com lançamento em abril e distribuição em instituições artísticas gaúchas, bibliotecas e escolas locais.
“O projeto propõe um acesso direto à cultura, sem a mediação de espaços expositivos ou centros culturais. Também valoriza parcerias com os pequenos negócios. Por alocar artistas e curadores de forma descentralizada, buscamos estimular uma rede de economia local, já que hospedagem, alimentação e contratação de representantes comunitários gerarão renda”, diz a crítica de arte Paola Fabres.
Participam: Dirnei Prates, Pablo Paniagua, Daniel Escobar, Tomaz Klotzel e Fabiana Faleiros (RS); a baiana Lilian Maus, que reside em Porto Alegre; Tereza Siewerdt (SC); Arthur L. do Carmo (PR); Daniel Caballero (SP); Thiago Guedes (PE); Carolina Cordeiro e Charlene Bicalho (MG). O processo será acompanhado pelos curadores, Paola Mayer Fabres, Luciano Nascimento Figueiredo e Maria Helena Bernardes e o historiador Maurício Manjabosco.