Livros sobre a Guerra dos Farrapos e Freud

Livros sobre a Guerra dos Farrapos e Freud

Alcy Cheuiche lança 12ª edição de romance e Ariane Severo, 2ª edição de obra com making off

Correio do Povo

Alcy Cheuiche autografa ‘A Guerra dos Farrapos’ e Ariane Severo, ‘Freud, de Viena a Paris’

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O Memorial do Theatro São Pedro (Praça da Matriz, s/nº - acesso pelo Pátio Multipalco) sediará hoje, a partir das 17h, sessão de autógrafos dupla, pela Editora Besouro Box. Em “A Guerra dos Farrapos”, Alcy Cheuiche reconta os dez anos em que o Rio Grande do Sul esteve dividido entre farroupilhas e caramurus, entre personagens como Bento Gonçalves e Caxias, sempre com rigor histórico. Garibaldi e Anita, por exemplo, renascem na sua grandeza humana, coragem dos seus atos e beleza do seu amor. E também as cenas de guerra, como a tomada de Porto Alegre, a Batalha do Seival, o massacre do Cerro dos Porongos e o famoso Duelo Farrapo, tratados pelo escritor com veracidade e maestria.
O autor comenta que leu muitos livros que o prepararam para escrever “A Guerra dos Farrapos”, incluindo “O Tempo e o Vento”. No romance, ele optou em não criar personagens de ficção, uma vez que o fio condutor da narrativa não precisava alongar-se mais do que o período chamado de “Decênio Heroico”. “E são tão densos esses personagens, homens e mulheres, são tantas as informações sobre eles em prosa e verso, que tratei apenas de ser fiel aos episódios que conto, sem nada incluir que não fosse histórico”, diz. A primeira edição da obra foi lançada em 1985, ano do Sesquicentenário Farroupilha e ganhou o prêmio literário Ilha de Laytano. 
Em “Freud, de Viena a Paris”, a psicanalista Ariane Severo traz sutilezas entremeando suas pesquisas. A partir de vários livros, originais e traduções, documentos, cartas, fotos e depoimentos, escreveu esta obra com hábitos que acompanharam a vida de Freud, registrados em memórias, cartas e reflexões ocorridos em um período pouco anterior a sua morte em Londres, em 1939. A autora preferiu se fixar na viagem de trem de 12 horas, de Viena a Paris, rumo ao exílio e fuga da perseguição nazista. Não há registros históricos sobre o que aconteceu nesta viagem, nem os momentos imediatamente anteriores ao embarque em Paris, ou sua chegada a Viena. Partindo deste ponto, o livro é recheado de descrições sobre a vida do psiquiatra austríaco, e contextos pessoais enquanto desenvolvia sua teoria psicanalítica.
“Ao longo dos 30 capítulos, tramados por um jogo de vozes que expõe a realidade interior de diversos personagens, a escritora recorre a um repertório narrativo harmonizado às tendências da literatura contemporânea. Tal fato possibilita a multiplicação da experiência de leitura em três caminhos que se entrelaçam: a) a viagem de Viena a Paris a bordo do Expresso do Oriente motivada pela perseguição nazista; b) a recuperação histórica do tempo presente da narração, de domínio do autoritarismo e; c) o mergulho vertiginoso ao universo íntimo do criador da psicanálise, registrando, com acuidade, uma trajetória pessoal marcada, por um lado, pelo reconhecimento científico e felicidade afetiva, e por outro, por um câncer corrosivo e pela emergência de um regime político que propunha a destruição dos seus semelhantes”, observa Lucas Zamberlan, doutor em Estudos Literários e professor da Universidade Federal de Santa Maria. Nesta segunda edição foram acrescidos o making of da obra, as fontes de pesquisa da autora e suas análises.


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