Luís Henrique Pellanda lança "O caçador chegou tarde" em Porto Alegre
Com 62 contos inéditos, o escritor curitibano autografa na Livraria Paralelo 30, neste sábado, dia 29 de julho

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O premiado escritor curitibano Luís Henrique Pellanda lança seu livro "O caçador chegou tarde", neste sábado, dia 29 de julho, a partir das 17h, na Livraria Paralelo 30 (Rua Vieira de Castro, 48). Com mais de 10 obras lançadas e passagens como cronista por importantes veículos de comunicação, ele combina habilidades literárias e experiências como observador atento da realidade para capturar a essência das coisas em suas mais diversas possibilidades e formas.
Em "O caçador chegou tarde", lançamento da Maralto Edições, Luís Henrique Pellanda entrega 62 contos inéditos que mergulham o leitor na subjetividade de seus personagens, causando sensações muitas vezes simultâneas de familiaridade e desconforto.
Pellanda diz: “Nesse trabalho, em particular, optei por contos bastante abertos, com entrelinhas largas, que convidam os leitores a percorrê-los como bem entenderem”, explica o autor. “Espero mesmo que leiam o livro como se folheassem uma espécie de sonhário coletivo, a um só tempo familiar e incômodo, mas disponível à livre interpretação de cada um, a partir de suas próprias referências.”
Escrito durante a pandemia de Covid-19, e em meio às incertezas políticas que cercavam o país, "O caçador chegou tarde" aposta na relação simbiótica entre o homem e as criaturas da natureza, um tema recorrente na escrita de Pellanda. Para o autor, a humanidade faz parte da natureza, ainda que tenha desenvolvido um desejo mórbido de negá-la. “Meu livro anterior, finalista do Jabuti do ano passado, se chama "Na barriga do lobo", uma referência ao conto da Chapeuzinho Vermelho na versão dos irmãos Grimm, e também à escuridão que cercava a personagem enquanto era digerida pelo monstro”, explica Pellanda. “O caçador chegou tarde dá continuidade a essa mesma metáfora. Não sei dizer se já fomos ou se um dia seremos ‘salvos’ do lobo que ultimamente nos vem digerindo enquanto sociedade ou civilização, mas entendo que a escuridão a que Chapeuzinho um dia se referiu acabou por nos afetar a todos.”