O Museu de Arte do Rio Grande do Sul (Margs), instituição da Secretaria da Cultura (Sedac), inaugura neste sábado, às 10h30, a mostra panorâmica “Paulo Chimendes – A travessia do tempo”. A exposição, gratuita, é uma homenagem à trajetória do artista ao apresentar sua produção desde os anos 1970. São mais de 60 trabalhos, em sua maioria provenientes da sua coleção pessoal, além de obras que integram o Acervo Artístico do Museu. A mostra segue em exibição até o dia 4 de janeiro de 2026.
Chimendes produz com desenvoltura entre desenho, gravura e pintura, pesquisando e explorando questões artísticas vinculadas aos processos técnicos e criativos baseados nesses meios e linguagens. A sua obra transita entre a figuração e a abstração, pautando-se por uma reflexão própria sobre a relação com o mundo e o cotidiano, a partir de uma visão social e de caráter crítico a respeito da condição do indivíduo frente à sociedade e do universo urbano no contexto da expansão das cidades.
Ele chegou a Porto Alegre em 1961, acompanhando a mudança da família. Destacando-se como jovem artista ainda nos anos 1970, com inúmeros prêmios e participações em salões de arte, tem a sua trajetória fortemente marcada pelo aprendizado e pelas experiências a partir do Atelier Livre da Prefeitura de Porto Alegre, onde ingressou aos 12 anos, em 1966, quando ainda funcionava no segundo andar do Mercado Público.
Também atuou por décadas como técnico impressor de gravura, tendo colaborado com diversos outros artistas, entre os quais nomes como Iberê Camargo, Vasco Prado e Maria Tomaselli. Nesse trabalho, passou pelo MAM Atelier de Litografia de Porto Alegre, pela Oficina 11 – Atelier de Litografia e Gravura em Metal, pelo Núcleo de Gravuras do Rio Grande do Sul e pelo Museu do Trabalho.