Mesmo sem autorização, exposição de Banksy reúne obras do artista em Milão
Grafiteiro que tem sua identidade desconhecida desde a década de 90 nega a comercialização de sua arte
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O famoso grafiteiro, cuja obra mistura denúncia política, ironia e poesia, nega desde o começo, nos anos 1990, a comercialização da arte, não expõe em galerias e costuma criticar a sua maneira os preços exorbitantes que as suas criações alcançam. "Banksy deve muito de seu sucesso, ou melhor, de sua popularidade, ao fato de ser um artista anônimo, o que é uma contradição em si: a fama por meio do anonimato", comenta Mercurio. Para o curador se trata de fazer com que o público entenda a arte de Banksy, seu trabalho como tal e deixar à parte o impacto que o artista tem nos meios de comunicação.
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Com o título "A arte de Banksy, um protesto visual", a exposição parte de suas fontes de inspiração, como o Movimento de Maio de 1968 e analisa a rebelião, tema fetiche para o artista. A arte de Banksy é tão satírica quanto comprometida e denuncia o consumismo, o imperialismo americano, a guerra. "Banksy devolveu à arte urbana o componente rebelde e político que havia sido abandonado, esse é um grande mérito", explicou Mercurio.
No total, a exposição apresenta 80 trabalhos, entre eles capas de vinis e CDs desenhadas por Banksy para Blur ou Paris Hilton, trabalhos pouco conhecidos. Um documentário de 20 minutos e um espaço multimídia também revelam os lugares do mundo onde Banksy trabalhou, de Nova York a Gaza, de Calais à Colômbia.