Miss América elimina o desfile de biquíni
Organizadores afirmam que candidatas não serão mais julgadas por sua aparência física
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We’re changing out of our swimsuits and into a whole new era #byebyebikini #MissAmerica2019 pic.twitter.com/08Y7jLFxhs — Cara Mund (@MissAmerica) 5 de junho de 2018
Gretchen Carlson, presidente do conselho de administração da Miss América, descreveu as mudanças no concurso de 2019, que ocorrerá em 9 de setembro, no programa "Good Morning America", da ABC. "Nós não somos mais um desfile. Somos uma competição", afirmou ela, que venceu o concurso de 1989 e se tornou âncora da Fox News. "Nós não vamos mais julgar nossas candidatas por sua aparência física. Isso é enorme", acrescentou. Segundo a organização, no lugar do desfile de traje de banho, as participantes passarão por uma sessão interativa ao vivo com os jurados, onde poderão destacar suas realizações e objetivos de vida.
Além disso, o desfile em vestidos de gala também será modificado. A ideia é dar liberdade para que as candidatas expressem externamente sua autoconfiança em trajes de noite de sua escolha. "Vai ser o que sair de suas bocas que nos interessará, quando elas falarem sobre suas iniciativas de impacto social", explicou Carlson. "Queremos celebrar suas realizações e seus talentos e, em seguida, queremos dar-lhe bolsas de estudo", destacou também.
De acordo com Carlson, os organizadores "ouviram muitas jovens que dizem: 'Nós adoraríamos fazer parte de seu programa, mas não queremos estar lá de salto alto e maiô'". "Então adivinhe, você não precisa mais fazer isso", disse ela, que tem sido uma defensora do movimento #MeToo. Ela processou o ex-diretor-executivo da Fox News por assédio sexual há dois anos e é a primeira ex-Miss America a presidir o conselho da organização.
"Este é um novo começo e a mudança às vezes pode ser difícil, mas eu sei muito sobre mudança", afirmou. "Minha vida funcionou de maneira misteriosa. Eu nunca pensei que seria a presidente do Miss América, mas aqui estou e estamos avançando e estamos evoluindo nessa revolução cultural", finalizou. Carlson foi nomeada em janeiro após a remoção do diretor executivo da organização por fazer comentários sexistas e depreciativos.