Morre argentina María Fux, criadora da 'dançaterapia'

Morre argentina María Fux, criadora da 'dançaterapia'

A artista morreu aos 101 anos, deixando um enorme legado na cultura do país sul-americano, reconhecido em todo o mundo.

AFP

Maria Fux fez sua última apresentação nos palcos aos 89 anos

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A bailarina e coreógrafa argentina María Fux, pioneira da dança moderna e criadora da "dançaterapia", morreu aos 101 anos, deixando um enorme legado na cultura do país sul-americano, reconhecido em todo o mundo.

"Lamentamos profundamente nos despedirmos da professora María Fux. É muito recente e estamos comovidos. (...) Ela nos ensinou que a dança é vida, e é assim que sempre nos lembraremos dela. (...) Honramos seu legado eterno", afirma mensagem publicada na conta de seu estúdio no Instagram, na noite de segunda-feira (31).

Seus seguidores convocaram "o último adeus dançando" no próximo domingo (6) no Rosedal, um parque de Buenos Aires.

"Não fiquem parados vendo o tempo passar. Mexam-se!", afirmou María, aos 94 anos, estimulando a plateia ao receber um prêmio em 2016.

Desafiada pelas dificuldades da filha surda de uma amiga, María Fux desenvolveu o método da Dançaterapia para pessoas com deficiência, o que a tornou um "pioneira da inclusão", destacou o Ministério da Cultura em um comunicado.

Sua escola de formação para a recuperação psicofísica através do movimento criativo conta com filiais em Buenos Aires, Espanha, Itália, Brasil e Chile, onde formam professores e terapeutas de diferentes disciplinas.

"Muitas pessoas acreditam que a dança são pequenos passos, eu acredito que a vida é dança, é movimento", disse Fux.

A bailarina fez sua última apresentação nos palcos aos 89 anos e, aos 100, embora não estivesse mais no comando de seu estúdio, às vezes entrava em uma aula.

"María está muito bem: não toma remédio, anda, se move", contou sua neta, a cantora Irene Aschero, em janeiro de 2022.

Fux nasceu em Buenos Aires em 2 de janeiro de 1922. A paixão pela dança surgiu quando ainda era muito jovem, mas foi aos 13 anos, quando leu a autobiografia da bailarina americana Isadora Duncan, que María começou a explorar uma forma de comunicação não verbal.

Solista do Teatro Colón de Buenos Aires entre 1954 e 1960, dedicou sua vida a desenvolver e levar seu método mundo afora em busca da mudança individual por meio do trabalho criativo e do movimento.

 


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