Mostra imersiva do pintor impressionista Renoir é aberta em São Paulo

Mostra imersiva do pintor impressionista Renoir é aberta em São Paulo

Exposição acontece a partir deste sábado, 13, no Shopping Pátio Paulista

AE

Na mostra do Pátio Paulista, montada no piso Jardins, a predominância é de pinturas de um Renoir já maduro, o da época em que ele, Monet, Sisley e Pissarro montaram a primeira exposição impressionista, em 1874

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Nome mais popular do movimento impressionista, o pintor francês Pierre-Auguste Renoir (1841-1919) ganha, a partir deste sábado, 13, uma mostra imersiva no Shopping Pátio Paulista, Renoir - A Beleza da Vida, dividida em oito seções temáticas. Após o êxito popular de exposições no mesmo formato que passaram por São Paulo - entre elas, as de Van Gogh e Portinari -, a mostra de Renoir recria em ambiente imersivo a atmosfera das telas do artista, recorrendo a obras conhecidas como a de seu filho Jean (o futuro cineasta Jean Renoir, de A Regra do Jogo) com a mãe Gabrielle (1895/6) e o retrato de Monet Lendo (1872).

A vida no século 19, as festas com música nas ruas, os passeios junto à natureza, as banhistas, as crianças, enfim, os temas pintados por Renoir estão reproduzidos na mostra de modo a fazer com que os visitantes "experimentem a sensação de entrar numa tela do pintor", como diz a curadora da mostra, Karina Israel.

Como se sabe, os impressionistas são contemporâneos da primeira geração de fotógrafos. Foi um impacto enorme para os pintores. Muitos deles, aliás, usaram imagens criadas pela câmera fotográfica como modelos de suas pinturas - Degas, por exemplo -, o que comprova a adesão e interação desses artistas com a tecnologia, embora Renoir fosse um pouco desconfiado a respeito da impressão fotográfica. Em todo o caso, reproduções fotográficas animadas se espalham pelas oito seções da mostra, a primeira imersiva do Shopping Pátio Paulista.

Já na primeira seção da mostra, Afeto e Memórias, o visitante é informado, por meio de projeções, sobre como foi a infância do pintor em uma casa modesta, onde o pai era alfaiate e a mãe, costureira. Nesse núcleo são apresentadas as primeiras pinturas do artista, que começou a frequentar o Museu do Louvre muito cedo, no intervalo de suas atividades numa fábrica de porcelana parisiense. Essas pinturas são animadas - passarinhos pulam de uma tela para outra, que simulam movimento.

Na mostra do Pátio Paulista, montada no piso Jardins, a predominância é de pinturas de um Renoir já maduro, o da época em que ele, Monet, Sisley e Pissarro montaram a primeira exposição impressionista, em 1874. Dessa época é a tela Baile no Moulin de la Galette (1876), um de seus trabalhos mais conhecidos, apresentada na terceira exposição do grupo, hoje no Museu d’Orsay. A tela em questão aparece reproduzida em A Dança da Vida, quinta sala da exposição.

Uma projeção em tecido leve com músicos e dançarinos compõe a atmosfera festiva da sala, onde o Baile no Moulin de la Galette é dissecado num vídeo que conta curiosidades sobre a festiva tela. A ideia da mostra, concebida durante a pandemia, "era a de trazer alegria aos frequentadores do shopping por meio de um pintor que celebrou a vida", justifica a curadora.

Como em outras exposições imersivas apresentadas em São Paulo, a de Renoir também conta com um "selfie point", onde o visitante pode fazer fotos para o Instagram. Ele fica no terceiro espaço, Flânerie, que conduz o público num passeio com Renoir. Na sala, há dois espaços: o primeiro é uma projeção retroiluminada de uma lagoa, permitindo ao público tirar fotos num barco cenográfico.

No segundo espaço, há uma projeção sobre guarda-chuvas, que serve como tela para obras e retratar passeios por Paris - Renoir registrou os lugares mais visitados pelos turistas na cidade, como o citado Moulin de la Galette, também pintado por Van Gogh no mesmo ano (1886). A sala conta com dois pontos instagramáveis, incluindo um no qual o visitante pode gravar um vídeo.

A penúltima sala da exposição coloca visitantes frente a frente com as banhistas nuas e robustas de Renoir, enquanto a última sala, Sonoridade Vermelha, permite que o público, ao toque de um sino, veja luzes vermelhas que iluminam telas em que essa cor predomina. A exposição conta com serviço de monitoria, além de recursos como livro em braile e videolibras, para viabilizar o acesso de pessoas com deficiência à arte de Renoir.


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