Mulheres ativistas em pauta

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Pesquisadora Christa Berger participa de eventos sobre Jurema Finamour e silenciamento feminino

Correio do Povo

Christa Berger foi professora e pesquisadora universitária e lançou livro recentemente

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Neste mês de março, a pesquisadora e jornalista Christa Berger participa de três eventos literários, entre saraus, rodas de conversa e sessão de autógrafos. Nesta terça-feira, dia 7, às 21h, acontece o Sarau Elétrico “Mulheres Silenciadas”, com a participação de Kátia Suman, Luís Augusto Fischer e Carlo Pianta no bar Ocidente (av. Osvaldo Aranha, 960). 

Já na quinta-feira, dia 9, às 19h, na programação do Festival Rastros de Verão, haverá um bate-papo com a mediação de Amanda Zulke, na Livraria Paralelo 30 (rua Vieira de Castro, 48). No dia 18, às 16h, uma roda de conversa contará com a mediação de Télia Negrão no Espaço Amélie (rua Vieira de Castro, 439).

Christa é autora do livro “Jurema Finamour, a jornalista silenciada”, da Libretos Editora, em que recupera a biografia de uma mulher brilhante que participou ativamente da vida cultural e política brasileira. Uma escritora e repórter, próxima à elite intelectual brasileira nas décadas de 1950 e 1960, mas que teve sua história apagada.

No livro, Christa apresenta Jurema, a jornalista, romancista, escritora, viajante, feminista, cozinheira de mão cheia. Uma mulher potente: viajou pelo mundo, tendo realizado os primeiros livro-reportagem no Brasil sobre a União Soviética, a China, a Coreia e Cuba. Editou uma revista voltada para o público feminino, foi retratada por Di Cavalcanti e por Dimitri Ismailovitch, entrevistou o filósofo Jean-Paul Sartre, a escritora Anna Seghers, o cineasta Roberto Rossellini e, ainda, foi secretária de Pablo Neruda. “Mas para a memorialística brasileira, ela não existe: seus livros não foram reeditados e não é mencionada nas biografias dos que conviveram intensamente, como Jorge Amado, Graciliano Ramos, Candido Portinari, Carolina Maria de Jesus, Carlos Drummond de Andrade, entre outros”, coloca Christa que se dedicou por quatro anos na pesquisa e na escrita desse resgate histórico.

Christa Berger nasceu em Ijuí, no Rio Grande do Sul, em 1950, e vive em Porto Alegre desde 1968, com intervalos em outros lugares. Nos anos 1970, morou na Cidade do México, onde participou do movimento feminista latino-americano. Jornalista, trabalhou no Diário de Notícias e na Folha da Manhã. 

Mestre em Ciências Políticas (Unam/México), doutora em Ciências da Comunicação (USP/São Paulo), foi professora-pesquisadora nas faculdades de Comunicação da PUCRS, Ufrgs e Unisinos. Autora do livro “A terra e o texto: campos em confronto”; organizadora de “O jornalismo no cinema”, tem artigos em coletâneas e revistas. “Jurema Finamour – a jornalista silenciada” é sua primeira publicação não acadêmica.


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