Museu defende Justin Bieber após polêmica sobre Anne Frank

O museu Anne Frank em Amsterdã, na Holanda, defendeu nesta segunda-feira o cantor canadense Justin Bieber após uma onda de críticas ao artista pela declaração sobre a adolescente judia que dá nome ao local: "Com um pouco de sorte, ela poderia ter sido uma belieber". Anne Frank morreu em 1945, aos 15 anos, em um campo de concentração nazista de Bergen-Belzen, no Norte da Alemanha.

De acordo com a porta-voz do museu, Maatje Mostart, a visita de Bieber deveria merecer mais destaque. "Pensamos que o que é preciso lembrar é que um jovem de 19 anos veio à Casa de Anne Frank e passou uma hora, na noite de sexta-feira, quando poderia ter feito outras coisas em Amsterdã", declarou Mostart. "Ele estava muito interessado. É muito mais importante que todo o debate que vemos agora", acrescentou.

Justin Bieber estava de passagem por Amsterdã para um show de sua turnê europeia e visitou a Casa de Anne Frank, onde a jovem e sua família judia se esconderam durante a Segunda Guerra Mundial, antes de serem capturados pelos nazistas. Anne Frank é famosa mundialmente por seu diário, no qual contou de maneira emotiva os dois anos em que passou no centro de Amsterdã.

Após a ida ao museu, Bieber escreveu no livro de visitas: "Foi verdadeiramente inspirador ter podido vir aqui. Anne foi uma menina ótima. Com um pouco de sorte, teria sido uma belieber", denominação para quem é fã do cantor, o que rendeu ao jovem uma grande quantidade de críticas, em particular no Facebook.  "É algo estúpido e não muito inteligente", disse a diretora do Centro de Informação e Documentação sobre Israel, Esther Voet, a respeito dos comentários do artista canadense.