Não me incomodaria se o Rolling Stones acabasse, afirma o baterista Charlie Watts

O baterista Charlie Watts, dos Rolling Stones, comentou em entrevista ao jornal The Guardian que não se incomodaria se a banda que ajudou a fundar há mais de meio século terminasse. "Eu amo tocar e atuar com Mick, Keith e Ronnie, eu não sei deles. Eu não ficaria incomodado se os Rolling Stones falassem que o que temos é... suficiente", disse o artista de 76 anos. Contudo, o britânico afirmou que não saberia o que fazer se o grupo se separasse e destacou que gostaria que a possível separação fosse amigável. "A grande questão para mim é estar suficientemente bem. Nós não trabalhamos como costumávamos. Existem grandes pausas entre cada show", completou.

Watts também comentou que "não tem ideia" se a atual turnê "No Filter" será a última dos roqueiros. "Para mim, eu quero conseguir estar em pé no domingo, 8 de julho, no final do show em Varsóvia (Polônia). É o mais longe que eu posso ver", analisou, se referendo à última data do giro europeu dos Stones, que recentemente anunciaram os primeiros shows no Reino Unido em cinco anos.

Diferentemente de muitos artistas que, já em idade avançada e muitos anos de carreira, começam a planejar lançamentos especiais, ele revelou não se preocupar com isso e comentou que ficou surpreso com a reação à morte de David Bowie. "Eu pensei que as pessoas ficariam muito tristes, obviamente, ele era um cara adorável e ele escreveu várias músicas boas. Mas para mim, ele não era esse gênio musical", concluiu.