Novo Pinóquio chega aos cinemas

Novo Pinóquio chega aos cinemas

Adaptação do clássico do século 19 ganha novos contornos e atuação do oscarizado ator italiano Roberto Benigni

Marcos Santuario

“Pinoquio” chega nas telas de cinema com direção de Matteo Garrone

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Uma das estreias nas telas cinematográficas desta quinta-feira é a releitura do clássico romance do final do século 19 e que, em 1940 ganhou os cinemas pela Disney.  “Pinoquio” chega agora com direção de Matteo Garrone, o mesmo de “Dogman” e “Gomorra”, contando a clássica história do boneco de madeira que se transformou em um garoto de verdade. Esta nova leitura apresenta novos contornos que a tornam menos fantasiosa e mais realista.

Garrone, que foi vencedor do Grande Prêmio do Júri no Festival de Cannes, coloca seu toque pessoal  nesta versão do boneco criado por um Gepeto vivido pelo ator Roberto Benigni, de  “A Vida é Bela”. Aliás, há momentos em que a relação do solitário marceneiro que sempre sonhou em ser pai com o Pinóquio remete aos encontros emotivos vividos naquela obra que deu a Benigni o Oscar de Melhor Ator. Mas antes de viver a experiência atual, o astro italiano havia dirigido e protagonizado, em 2002, “Pinóquio e a Fada Azul”, uma adaptação fracassada em cinema para a jornada de amizades, traições e arrependimentos.

Nesta nova produção que ganha as telas hoje, o cultuado mito do nariz que cresce com as mentiras dá espaço para uma desobediência infantil, com idas e vindas na busca de entender o mundo que o rodeia. Está na trama a saída de casa e o embarcar em uma jornada repleta de mistérios e seres fantásticos. O contexto em que se dá esta busca o coloca frente a frente com os perigos do mundo, dando tons mais realistas ao clássico que, antes de ganhar as telas da Disney, fez sua primeira aparição em 1883, no romance “As aventuras de Pinóquio, escrito por Carlo Collodi”.

Garrone prometeu uma adaptação mais fiel ao personagem original de Collodi. Parece ter conseguido, com uma trama mais sombria, representando dois sonhos que ele mesmo acalentava:  dirigir uma adaptação de Pinóquio e trabalhar com Benigni.  Para viver o Pinóquio, o diretor foi buscar o menino Federico Ielapi, e constituiu uma coprodução entre Itália, França e Reino Unido, com orçamento de 35 milhões de dólares. São pouco mais de duas horas que tendem a passar muito rápido, diante de uma trama que pode envolver tanto crianças quando os adultos de coração aberto.


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