O cinema invade o Vale do Rio Pardo

O cinema invade o Vale do Rio Pardo

Começa nesta terça o 6° Festival Santa Cruz de Cinema, com 18 curta-metragens concorrentes

Caroline Guarnieri *

O Troféu Tipuana será entregue aos vencedores de cada categoria da mostra na sexta-feira, dia 27

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Santa Cruz do Sul, no Vale do Rio Pardo, já se firma como um novo polo de realização audiovisual no Estado. Em 2001, a Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) criou o curso de Produção em Mídia Audiovisual, e desde então a cidade vem ganhando mais realizadores e empresas produtoras. Já em outubro de 2022, foi criada, por projeto de lei que tramitou no legislativo do município, a primeira film commission da região. O Festival Santa Cruz de Cinema, que este ano chega até sua 6ª edição, serve como vitrine para exibir os trabalhos locais para públicos de outras regiões, além de trazer o cinema nacional para o interior do Rio Grande do Sul.

O Festival foi uma iniciativa da Pé de Coelho Filmes, produtora que existe há 10 anos na cidade, com apoio do Sesc, da Unisc, da prefeitura e de patrocinadores e leis de incentivo à cultura. O evento foi criado com o objetivo de promover e premiar curta-metragens. Diego Tafarel, sócio-diretor da Pé de Coelho e um dos criadores e produtores do festival, acredita que o curta-metragem “ainda é um formato que não é tão difundido e precisa de espaço, é uma forma de fazer cinema muito importante também”.

Nos últimos anos, as sessões da mostra têm recebido mais de 600 espectadores cada, número que Diego acredita que pode aumentar. “A gente nasceu com a intenção de se tornar um dos festivais de referência no país e na América do Sul desse formato”, conta. São 18 curta-metragens que estão concorrendo aos Troféus Tipuana deste ano, sendo seis gaúchos e 12 nacionais. Além da seleção competitiva, a organização também exibe a mostra “Olhares Daqui”, com três produções locais que concorrem ao prêmio de Melhor Filme - neste ano, as três são, por coincidência, de alunos da Unisc.

A sexta edição

A programação do festival começa nesta terça-feira, 24, e segue até sexta-feira, 27. As produções concorrentes estão divididas em três noites de exibição, entre hoje e quinta-feira, a partir das 19h. As sessões são gratuitas e abertas ao público, e incluem debate com os realizadores. O júri é composto pelas produtoras Alice Urbim e Ane Siderman, além do ator Nando Cunha.

Hoje, a exibição será precedida pela cerimônia de abertura, com apresentação de Júlia Lemmertz e Rafael Tombini, às 19h. O encerramento, com premiação, acontece na sexta-feira, às 19h. Neste ano, a personalidade homenageada é Hermila Guedes, enquanto o Prêmio Tuio Becker, destinado a pessoas com forte relação com o cinema gaúcho e nacional, será destinado ao ator Thiago Lacerda.

Além das exibições, o festival também oferece uma programação paralela de cursos e oficinas. Estarão disponíveis, de forma gratuita: a oficina de atuação para cinema e séries, com Fred Vitolla (terça-feira), a oficina de direção, com Davi Pinheiro (quarta-feira), e o estudo de caso Infinimundo, com Diego Muller (quinta-feira). Todos acontecem às 14h, com inscrição disponível no site do evento. A programação completa está disponível nas redes sociais do festival.

Diego acredita que a cidade vem trabalhando de forma cada vez mais ativa para se colocar no mapa do audiovisual regional. O festival, além de ser uma vitrine, “funciona como esse espaço para a comunidade”, explica. “É um espaço de crítica, aprendizagem, oficinas e educação. É essencial para nós do audiovisual, mas também é uma maneira de mostrar a nossa cidade ao Brasil”.

*Sob supervisão de Luiz Gonzaga Lopes


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