“Os 8 Odiados” é um filme sem herói

Após sessões de pré-estreia, o novo filme do diretor norte-americano Quentin Tarantino, “Os Oito Odiados”, estreia oficialmente nesta quinta-feira nos cinemas brasileiros. Este é o oitavo longa-metragem do cineasta, que anunciou que, quando chegar ao décimo, vai deixar a carreira.

A história se passa alguns anos depois da Guerra de Secessão nos EUA (1861 — 1865). Uma diligência se desloca por uma paisagem montanhosa e invernal. Os passageiros são o caçador de recompensas John Ruth (Kurt Russell, quase irreconhecível sob farto bigode), que pretende entregar a fugitiva Daisy Domergue (Jennifer Jason Leigh) para obter dinheiro na cidade de Red Rock.

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Ao longo da estrada, eles encontram dois forasteiros: Marquis Warren (Samuel L. Jackson), um ex-soldado negro que se tornou também um caçador de recompensas, e Chris Mannix (Walton Goggins), um sulista renegado que diz ser o mais novo xerife da cidade. Devido a uma nevasca, eles ficam presos em um armazém, onde encontrarão figuras tão ou mais sinistras do que eles mesmos: um vaqueiro (Michael Madsen), um general confederado (Bruce Dern) e um enforcador (Tim Roth).

Não é difícil imaginar porque será um encontro tenso. O próprio diretor, que também assina o roteiro, advertiu em entrevista: “Ninguém é herói neste filme”. Um dos destaques está na música, composta pelo maestro Ennio Morricone. Em sua visita a São Paulo para divulgar o longa, Tarantino revelou que o italiano é o seu compositor favorito.

“Morricone compôs o tema a partir da leitura do roteiro e sugere a violência que está por vir”, comentou o cineasta. Esta trilha original já ganhou indicação para o Globo de Ouro na sua categoria, ao lado das nomeações para Melhor Roteiro Original (Tarantino) e Melhor Atriz Coadjuvante para Jennifer Jason Leigh, em premiação que será no próximo domingo.

Assista ao trailer: