Os cuidados com a saúde para manter a rotina de exercícios no frio

Os cuidados com a saúde para manter a rotina de exercícios no frio

Confira algumas dicas para evitar gripes e resfriados e se manter na ativa

Júlia Endress

A corrida ao ar livre pode (e deve) continuar no frio

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Apesar das baixas temperaturas e daquela preguiça característica de encarar um exercício, o inverno é um grande aliado de quem quer manter a forma. Conforme a gerente técnica da Cia Athlética, Carolina Castilhos, a justificativa para isso está no nosso metabolismo, que fica mais acelerado com a queda dos termômetros, o que potencializa os efeitos das atividades físicas.

No entanto, para se manter ativo nos próximos meses é preciso, além da força de vontade, seguir uma série de recomendações para evitar prejuízos à saúde. O ritmo das modalidades deve ser o mesmo do verão, seja dentro da academia ou ao ar livre. Quem garante é a doutora Lisângela Preissler, que explica que o organismo se adapta bem e naturalmente às mudanças de temperatura graças aos mecanismos de regulação térmica que possui.

Vamos às dicas:

Roupas: De acordo com Andressa Moraes, professora do Studio Metaforma, o jeito certo é recorrer ao bom e velho “efeito cebola”. “O importante é que a pessoa se sinta confortável e aquecida, então ela pode começar a se exercitar de casaco e calça, por exemplo, e tirar as peças mais pesadas na medida em que sentir calor”, recomenda. O ideal é recolocar toda a roupa assim que a sensação de que está quente estiver passando, evitando, assim, uma exposição excessiva ao frio. 

Nesse sentido, Carolina, da Cia Athletica, destaca que também vale a pena investir em tecidos leves e que retenham o calor do corpo, como muitos dos específicos para esportistas. “Eles permitem a troca de calor e líquido com o ambiente, evitanto o acúmulo de suor, o que acelera a perda de calor e a sensação de frio”, explica. A dra. Lisângela lembra ainda que o uso de gorros e luvas é essencial, principalente para quem se exercitar na rua, já que ambos ajudam a proteger as extremidades do corpo, o que a ajuda a ficar mais aquecido.

Aquecimento e alongamento: Se nas outras estações o aquecimento pode ser rádipo, durante o inverno ele é necessariamente mais demorado. Em geral, é preciso aumentar entre 10 e 20 minutos o tempo dedicado a ele. Tudo porque o corpo precisa de mais tempo para ganhar calor nas baixas temperaturas, o que torna a prática de aquecer fundamental em qualquer modalidade. 

Associado ao aquecimento, está um alongamento mais elaborado, essencial para preparar o corpo de forma lenta e gradual para os exercícios, evitando as temidas lesões. Afinal, outro detalhe bastante característico do inverno é a sensação de precisar se alongar constantemente. Conforme Andressa, esse é o um resultado natural do frio, que deixa a musculatura contraída e tensa, já que acabamos nos encolhendo mais em uma tentativa instintiva de nos protegermos das baixas temperaturas – e todo esse esforço pode gerar muitas dores, principalmente nas costas. Por isso, essa reunião de aquecimento e alongamento mais minuciosos ajuda a não sobrecarregar os músculos, pois, além de tudo, no inverno a gente também tem uma menor percepção do esforço. Ou seja, na teoria, parece que tem mais ar sobrando, mas, na prática, toda a musculatura e até o coração ficam sobrecarregados.

Alimentação: Sabe aquele mito de que gastamos mais calorias no inverno para poder gerar mais calor? É verdadeiro. As especialistas são taxativas: apesar deste “benefício”, deve-se sempre evitar os excessos para não prejudicar os efeitos das atividades físícas. Porém, caso você não resista a todos os pinhões e chocolates quentes da vida, fica a dica: invista em exercícios aeróbicos, como corrida e natação. Eles conseguem acelerar o sistema cardiovascular, elevar a temperatura corporal e ainda aumentar a queima de gordura.

Gripes e resfriados: Não tem jeito: algumas doenças são mais propícias a aparecer durante o inverno. Com os cuidados já citados, é bem possível que você mantenha a rotina de exercícios ileso às gripes e aos resfriados, pois, entre outras vantagens, essa frequência ajuda a aumentar a imunidade. Conforme a dra. Lisangêla, mesmo os portadores de doenças respiratórias como a asma, que tem variações sazonais, podem e devem fazer esportes no inverno. 

E para quem, inevitavelmente, ficar doente nessa época, o grande segredo será analisar os limites do próprio corpo para decidir quando continuar ou suspender temporariamente as atividades físicas. Carolina alerta que é sempre preciso respeitar o estado físico de cada um. “Não é recomendável praticar com o organismo debilitado, em meio a uma crise de problemas respiratórios ou de um ciclo viral, por exemplo”, diz. Por outro lado, Andressa considera que quando o quadro é leve, os exercícios podem até ajudar a se sentir melhor, pois aumentam a disposição e ajudam a desobstruir as vias respiratórias.

Respiração e hidratação: Assim como no resto do ano, é preciso manter a hidratação. Mesmo não sentindo tanta sede, a garrafinha d'água deve estar presente durante os exercícios para não esquecermos de repor aquilo que foi perdido com o suor. Além disso, vale também prestar ainda mais atenção na respiração correta, ou seja, inspirando pelo nariz. Isso faz com que o ar chegue aquecido aos pulmões, evitando problemas respiratórios.

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