Oscar deverá quebrar tradição e ainda redimir Warren Beatty
90ª premiação ocorre em 4 de março
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Também não serão vistos o produtor Harvey Weinstein e o ator Kevin Spacey, outrora figuras carimbadas da cerimônia. Ambos também são acusados de assédio. A Academia vai apostar em seus melhores talentos, por isso apoiará, ainda que veladamente, manifestações de protestos de atrizes que, no Globo de Ouro, em janeiro, vestiram-se todas de preto.
Outro momento esperado será o discurso de abertura a ser feito pelo apresentador Jimmy Kimmel. Muito admirado pela indústria por sua forma direta e humana com que trata questões delicadas, Kimmel deverá ser brincalhão mas sem abrir mão de uma boa dose de acidez ao falar de figuras como Weinstein e Spacey.
Por falar em discurso, é esperada uma enxurrada de afirmações incisivas por parte dos ganhadores - os organizadores calculam que 75% dos agradecimentos sejam de citações de nomes que ajudaram os vencedores (principalmente familiares), mas os demais 25% deverão ter um pesado tom de protesto, do qual não deverá escapar nem o controverso presidente Donald Trump.
E, em sua política de total transparência, a Academia deverá falar do grande erro que marcou a cerimônia do ano passado, quando uma troca de envelopes anunciou "La La Land" como o filme do ano quando, na verdade, o mérito era de Moonlight. Os organizadores cogitam trazer o veterano ator Warren Beatty novamente ao palco, dessa vez em uma situação mais cômoda, isentando-o de qualquer culpa. Aliás, depois do erro grosseiro, a PricewaterhouseCoopers,
responsável pela apuração dos votos, anunciou que terá mais pessoas nos bastidores cuidando da abertura dos envelopes.