Otto Guerra recebe troféu Eduardo Abelin em Gramado
Cineasta gaúcho é consagrado pelo seu trabalho em animação
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Seu primeiro curta-metragem autoral de animação, “O Natal do burrinho”, ganhou prêmio de curta-metragem em 1984, na 13ª edição do evento. Ele lembrou daquele momento ao agradecer a homenagem recebida: “Quando anunciaram o vencedor, saltei três metros de altura".
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Otto destacou que o gênero vive um ótimo momento no Brasil. "No ano que vem, o Brasil será o homenageado no festival francês de Annecy. O trabalho de animação brasileiro está 'nas cabeças'", destacou. Mas, além de destilar o seu humor ácido, o homenageado falou sério e conclamou a uma união da classe artística. "Temos de parar de brigar", sugeriu.
Ele fez um paralelo entre o período vivido pelo setor audiovisual depois da extinção da Embrafilme, nos anos 90, quando a produção nacional ficou paralisada, e o atual momento político brasileiro. “Estávamos no chão, mas naquele momento, a sociedade civil – nós, vocês – se uniu para juntar os cacos da Embrafilme e disso nasceu a Ancine, que levou o Brasil a viver, no audiovisual, hoje seu melhor momento”, comparou. “Precisamos fazer as pazes, porque todos queremos a mesma coisa”, sugeriu.