Piaf na voz de Anne Carrere

Piaf na voz de Anne Carrere

A cantora francesa Anne Carrere volta a Porto Alegre com o show “Piaf! Non, je ne regrette rein” nesta sexta-feira, 25, às 21h30, no Araújo Vianna

Caroline Guarnieri*

Carrere promete um show de conexões com a cultura francesa na noite desta sexta, no Araújo Vianna

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Todo mundo que gosta de música francesa já ouviu falar de Édith Piaf, ou pelo menos quase todo mundo. Clássicos como “La vie en rose”, “Non, je ne regrette rien” e “Padam padam” embalaram gerações e ajudaram a criar a imagem que existe hoje de Paris. Piaf, que viveu entre 1915 e 1963, teve uma história de pobreza, violência e perdas, e encontrou na música uma forma de resistir, desde os bares da capital até o famoso Teatro Olympia. Anne Carrere tinha três anos quando ouviu a voz da consagrada cantora pela primeira vez.

Na comuna de Cuers, no sul da França - perto de Toulon, onde Anne nasceu -, vivia Christianne, sua avó materna. Foi ela quem iniciou a neta no mundo da popular chanson française. O amor pela música como um todo, contudo, é ainda anterior. A anedota que Anne ouviu da sua família e costuma contar é de quando estava no ventre da mãe. “Dizem que eu era bem quietinha, mas quando botavam música para tocar eu começava a dançar e chutar”, lembra, em entrevista ao Correio do Povo.

Seu futuro não podia ser diferente: aprendeu dança clássica aos três anos, teatro e comédia musical aos sete, piano aos dez e canto aos 12. Sua avó Christianne a levava a tiracolo aos seus ensaios de coral. Anne ainda era adolescente quando decidiu que seria cantora para o resto da vida. 

Após passar por trabalhos com música popular e de orquestra, a cantora e atriz de 38 anos reencontrou sua referência de infância. “Eu só conheci Piaf de verdade em 2014”, explica. Anne foi selecionada para interpretar Édith Piaf em um musical comemorativo aos seus 100 anos, com apresentações ao redor do mundo, inclusive no Brasil. A turnê de agora, “Piaf! Non, je ne regrette rein”, conta com datas em Porto Alegre, Belo Horizonte, São Paulo, Curitiba e Rio de Janeiro, além de outros quase 50 países.

“Eu quero que a audiência saia do show sabendo quem é Piaf”, admite. “Quero viajar com o público para Paris, tocar no coração deles. Eu tento dar tudo de mim no palco em cada música”. Ela elogia o público brasileiro, lembra que chorou de emoção nos shows de 2015, e garante estar disponível para os fãs nesta sexta-feira. “Eu gosto de conversar com eles, abraçar e tirar foto depois do show. Tenho certeza que vai ser um bom momento e estou disponível para isso”.

Anne Carrere não é Édith Piaf, e nem pretende: “eu nunca vou ser ela, não é uma imitação, eu coloco minha alma e meu corpo para me conectar com ela”. A cantora reconhece ter adquirido um respeito profundo pelo trabalho de Piaf conforme foi criando sua relação com o material. “Hoje, tenho uma noção maior das letras e melodias, sou mais sincera com as emoções”.

A viagem para a Paris do século XX, guiada pela voz de Carrere, acontece hoje, às 21h30min, no Auditório Araújo Vianna (Av. Osvaldo Aranha 685 - Farroupilha, Porto Alegre). Ingressos estão disponíveis na plataforma Sympla e na bilheteria do evento, mediante disponibilidade.

*Sob supervisão de Luiz Gonzaga Lopes


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