Plauto Cruz é sepultado em Porto Alegre

Plauto Cruz é sepultado em Porto Alegre

Cerimônia fúnebre teve Carinhoso de Pixinguinha e homenagens de amigos e familiares

Jézica Bruno

Plauto Cruz foi sepultado neste sábado em Porto Alegre

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Ao som de Carinhoso, de Pixinguinha, e com homenagens de amigos e familiares, foi enterrado na tarde deste sábado, na Capital, o corpo do músico Plauto Cruz. Um dos principais nomes da música instrumental do Rio Grande do Sul, o flautista faleceu na noite de sexta-feira no Hospital de Clínicas de Porto Alegre, aos 87 anos. Ele sofria de Mal de Parkinson e estava internado por conta de complicações da doença. Com saúde frágil, passou os últimos anos aos cuidados da família.

A cerimônia de despedida começou no início da manhã de sábado, no Cemitério Jardim da Paz, inicialmente com um momento mais íntimo, destinado aos familiares. Logo depois, o local foi aberto para amigos e admiradores da obra do músico. Ele já era viúvo, mas deixou os filhos Jairo, Marlene, Maria e Juliana, além de netos e bisnetos.

O filho do flautista, Jairo Lúcio Cruz, destacou que o seu pai deixou “a música perfeita”, como ele mesmo costumava dizer em vida. “Era um bom pai, uma excelente pessoa, um ser humano incrível”, pontuou, emocionado junto aos outros familiares.

“O Plauto inundou as noites de melodia, com sua humildade, sua doação. Ele era a sua própria música”, afirmou o escritor Luiz Coronel, que acompanhou a despedida ao músico. “O som que ele tirava da flauta parece que ele tinha no movimento. O corpo dele se movia como uma clave de sol. Ele era todo melodia”, ressaltou. “Nada tinha a pedir ao mundo, só a oferecer com sua melodia. Esse era o Plauto que nós conhecemos”.

O presidente do Sindicato dos Músicos Profissionais do Rio Grande do Sul, Silfarnei Alves, disse que o músico fez história. “Ele era um ícone da música. Nada mais justo que fosse homenageado com Carinhoso, que é um hino de Pixinguinha”.

Nascido em 15 de novembro de 1929, em São Jerônimo, Plauto era filho do flautista José Alves da Cruz. Ele chegou a Porto Alegre aos 15 anos, onde começou a se apresentar em programas de rádio. O instrumentista era considerado um dos maiores difusores do Choro no Estado. Seu nome ficou marcado também por apresentações por todo o Litoral Norte do RS, onde transformou suas músicas em trilha sonora da região.

Plauto gravou dezenas de álbuns ao longo da carreira, acompanhando alguns dos maiores músicos do Brasil. Também foi premiado com 60 honrarias e troféus, entre elas a medalha Simões Lopes Neto, concedida pelo governo do Estado.

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